Em 21 de julho de 2025, o Ministério Público Federal (MPF) anunciou o arquivamento de uma investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apurava supostos crimes de falsidade ideológica eleitoral e uso indevido do cartão corporativo durante motociatas realizadas na campanha eleitoral de 2022. A decisão, homologada pela 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF e assinada pelo subprocurador-geral Paulo Queiroz, ratificou o entendimento do promotor eleitoral Paulo Binicheski, que concluiu que os gastos estavam em conformidade com a legislação e não configuravam despesas eleitorais. A medida reforça a legalidade das ações de Bolsonaro, afastando alegações de irregularidades levantadas por adversários políticos.
A investigação teve início em 2022, após representações de parlamentares que questionavam os custos das motociatas, eventos que reuniram milhares de apoiadores em diversas cidades brasileiras. Segundo Binicheski, o uso do cartão corporativo seguiu as normas específicas, destinadas a despesas da Presidência, como segurança e logística, e não teve caráter de campanha. “O uso do cartão corporativo é autorizado pela legislação específica e estava de acordo”, afirmou o promotor em entrevista à CNN, destacando a ausência de infração penal. A decisão da 2ª Câmara, tomada em plenário, confirma a análise técnica e encerra o caso, que será remetido à Justiça Eleitoral apenas para ciência.
O arquivamento ocorre em um contexto de intensos embates judiciais envolvendo Bolsonaro, que enfrenta outras investigações relacionadas à sua atuação política. A decisão do MPF é vista por aliados como uma vitória, reforçando a narrativa de que o ex-presidente tem sido alvo de acusações infundadas. As motociatas, que marcaram a campanha de 2022, foram um símbolo de mobilização popular, reunindo cidadãos em apoio a valores como liberdade e patriotismo, sem que os gastos associados fossem considerados irregulares. A análise do MPF destaca que as despesas foram transparentes e devidamente justificadas, respeitando os limites legais para o uso de recursos públicos.
O desfecho do caso reforça a importância de avaliações técnicas e imparciais em investigações de cunho político, garantindo que acusações sem fundamento não comprometam a imagem de figuras públicas. Para os apoiadores de Bolsonaro, a decisão valida a legitimidade de suas ações como presidente e candidato, destacando seu compromisso com a transparência e a legalidade. O arquivamento, agora formalizado, reafirma a conformidade das motociatas com as normas vigentes, encerrando uma controvérsia que, segundo aliados, buscava apenas desgastar a imagem do ex-presidente.