Entre janeiro e julho de 2025, a economia dos Estados Unidos gerou aproximadamente 786 mil empregos, de acordo com dados do Bureau of Labor Statistics (BLS), refletindo a resiliência do mercado de trabalho americano em meio a um cenário de mudanças econômicas globais. Apesar de um crescimento mais lento em julho, com apenas 73 mil novos empregos, o acumulado do ano demonstra a capacidade da administração do presidente Donald Trump de manter a criação de empregos, mesmo diante de desafios como a imposição de tarifas comerciais e incertezas econômicas. A taxa de desemprego permaneceu estável, subindo ligeiramente para 4,2% em julho, enquanto os salários médios por hora cresceram 3,9% em relação ao ano anterior, indicando ganhos reais para os trabalhadores americanos.
Os números de criação de empregos variaram ao longo do período. Janeiro registrou 143 mil novos empregos, segundo o BLS, embora abaixo das expectativas de 175 mil, com revisões positivas para meses anteriores. Os meses subsequentes mostraram flutuações, com revisões significativas para baixo em maio (de 144 mil para 19 mil) e junho (de 147 mil para 14 mil), totalizando uma redução de 258 mil empregos em relação às estimativas iniciais. Apesar dessas revisões, setores como saúde, que adicionou 55 mil empregos em julho, e assistência social, com 18 mil, continuaram a liderar o crescimento, evidenciando a força de áreas menos sensíveis às tarifas comerciais. O setor público, por outro lado, registrou perdas, com 12 mil empregos a menos no governo federal em julho, reflexo de esforços para reduzir a burocracia.
As políticas de Trump, incluindo tarifas protecionistas e a promessa de acordos comerciais mais favoráveis, como o recente pacto com o Japão, são apontadas por apoiadores como fundamentais para proteger empregos domésticos e atrair investimentos. A secretária de Trabalho, Lori Chavez-DeRemer, destacou que os ganhos de empregos desde a posse de Trump foram majoritariamente para trabalhadores nativos, com o PIB crescendo 3% no segundo trimestre de 2025, superando expectativas. Essas medidas, combinadas com a desregulamentação e o foco em treinamento no local de trabalho, visam fortalecer a economia americana, criando oportunidades para trabalhadores e indústrias locais.
Embora críticos apontem que as tarifas podem estar desacelerando o crescimento do emprego, com julho registrando números abaixo do esperado, a administração Trump argumenta que essas políticas são necessárias para corrigir desequilíbrios comerciais e garantir a soberania econômica. A redução do déficit comercial em junho, de US$ 71,7 bilhões para US$ 60,2 bilhões, segundo a Bureau of Economic Analysis, reforça a narrativa de que as estratégias de Trump estão começando a surtir efeito. A perspectiva de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve em setembro, com probabilidade de 75,5% após o relatório de julho, também pode estimular ainda mais a criação de empregos nos próximos meses.