Em 2025, os Estados Unidos intensificaram suas críticas à Organização dos Estados Americanos (OEA) por sua incapacidade de adotar medidas firmes contra a fraude eleitoral na eleição presidencial da Venezuela, realizada em 28 de julho de 2024. Nicolás Maduro, líder do regime venezuelano, foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), apesar de amplas evidências de manipulação eleitoral, incluindo a ausência de publicação dos resultados detalhados por mesa de votação, como exigido pela lei venezuelana. A postura americana reflete a crescente frustração com a falta de consenso na OEA para condenar as ações do regime de Maduro, que é acusado de consolidar o poder por meio de repressão, detenções arbitrárias e manipulação eleitoral.
O Departamento de Estado dos EUA, por meio do secretário Marco Rubio, declarou em 27 de julho de 2025 que Maduro “não é o presidente da Venezuela” e que seu regime “não é o governo legítimo”. Os EUA apontam que a eleição foi marcada por irregularidades graves, como a proclamação apressada de Maduro com base em um boletim parcial, sem transparência nos resultados. Dados coletados pela oposição, incluindo atas eleitorais que mostram Edmundo González Urrutia com mais de dois terços dos votos, reforçam as acusações de fraude. A repressão pós-eleitoral, com mais de 2.000 detenções e 25 mortes confirmadas, foi condenada como uma tentativa de silenciar dissidentes e consolidar o controle autoritário.
A OEA, embora tenha emitido relatórios contundentes, como o da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em 6 de agosto de 2025, que denunciou a repressão sistemática do regime, não conseguiu aprovar resoluções exigindo transparência eleitoral. Em uma votação em julho de 2024, uma resolução para exigir a publicação das atas eleitorais foi rejeitada por falta de um voto, com abstenções de países como Brasil, México e Colômbia, que priorizaram a diplomacia em vez de uma condenação direta. Essa inação foi criticada pelos EUA como uma falha em defender os princípios democráticos, permitindo que Maduro perpetue sua permanência no poder sem legitimidade.
A posição americana é reforçada por ações concretas, como a imposição de sanções a 16 aliados de Maduro em setembro de 2024 e o aumento de recompensas por informações que levem à prisão de figuras-chave do regime, incluindo o próprio Maduro, acusado de narcotráfico. A falta de resposta unificada da OEA, segundo os EUA, enfraquece a segurança regional, especialmente diante da influência de potências como China e Rússia, que apoiam Maduro. A crise venezuelana, com mais de 7 milhões de migrantes e uma economia devastada, continua a impactar o hemisfério, tornando a inação da OEA uma preocupação estratégica.
Os EUA destacam a coragem do povo venezuelano, que, apesar da repressão, continua a exigir democracia. A pressão internacional, liderada por Washington, busca responsabilizar o regime e apoiar uma transição democrática, com Edmundo González reconhecido como o presidente eleito por diversos países. A crítica à OEA reflete a necessidade de maior liderança regional para enfrentar regimes que desafiam a vontade popular, garantindo que a soberania do povo venezuelano seja respeitada.