A recente mobilização liderada por um imigrante brasileiro identificado como “Galo”, descrito como de extrema esquerda, no bairro Talude Militar, em Loures, Portugal, desencadeou uma onda de indignação e reacendeu debates sobre imigração e urbanismo. Em 14 de julho de 2025, a Câmara Municipal de Loures demoliu 64 construções ilegais, abrigando 161 pessoas, incluindo crianças e idosos, em uma operação para restaurar a ordem urbana e garantir condições dignas de moradia. Apesar da decisão, respaldada por ordens judiciais, “Galo” e a ativista Priscila Valadão desafiaram as autoridades, incitando outros imigrantes a reconstruir as barracas, em um ato que muitos portugueses consideram uma afronta à legalidade. Nas redes sociais, a revolta é evidente, com comentários como “Sai do Brasil para construir favelas aqui?”, refletindo a frustração com a tentativa de importar práticas que, para críticos, ecoam o caos político e social associado a movimentos de extrema esquerda no Brasil.
A atitude de “Galo” é vista como uma provocação deliberada, que ignora as leis portuguesas e desrespeita os esforços da autarquia para combater a precariedade habitacional. O prefeito Ricardo Leão, do Partido Socialista, defendeu a demolição como essencial para promover segurança e dignidade, destacando que 43% dos proprietários das construções não residiam no município e que apenas 29 das 65 famílias notificadas buscaram assistência social. A operação, embora suspensa temporariamente por uma liminar do Tribunal Administrativo de Lisboa, revelou a fragilidade de comunidades marginalizadas, mas também a audácia de líderes que, sob a bandeira da extrema esquerda, promovem ocupações ilegais. Essas ações, segundo críticos, replicam o modelo de invasões urbanas visto em cidades brasileiras, onde movimentos radicais como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) desafiam a ordem pública, contribuindo para a formação de favelas e a desestabilização social.
A conduta de “Galo” e Valadão é particularmente alarmante em um contexto de crescente tensão em Portugal, onde a imigração quadruplicou desde 2017, com brasileiros representando 40% dos estrangeiros, segundo dados do Observatório das Migrações. A tentativa de reconstruir barracas ilegais não apenas desrespeita a soberania portuguesa, mas também intensifica o sentimento anti-imigração, alimentado por partidos como o Chega, que ganhou 58 cadeiras nas eleições de 2024. A narrativa de que imigrantes de extrema esquerda importam o “caos” brasileiro, marcada por ocupações e desordem, encontra eco em portugueses que exigem maior controle migratório. A associação de tais atos com a criminalidade, como apontado por vereadores como Nélson Batista, do PSD, reforça a percepção de que essas ocupações ameaçam a segurança e a coesão social.
Portugal enfrenta agora um desafio duplo: combater a crise habitacional sem ceder a pressões de movimentos que desafiam a lei e promovem a desordem. A leniência com ocupações ilegais, como as incentivadas por “Galo”, pode abrir precedentes perigosos, comprometendo o urbanismo e a qualidade de vida. A Amnistia Internacional criticou as demolições, alegando violações de direitos humanos, mas ignorou que a maioria das famílias foi notificada com antecedência e que soluções de realojamento foram oferecidas, ainda que nem todas aceitas. A insistência de figuras de extrema esquerda em desobedecer ordens judiciais, como relatado em posts no X, só agrava a vulnerabilidade dos próprios imigrantes, explorando sua situação para fins políticos e ideológicos.
A resposta de Portugal deve ser firme: ocupações ilegais, especialmente quando lideradas por ativistas que desrespeitam a legislação local, não podem ser toleradas. A reconstrução de barracas, longe de ser uma solução, perpetua a precariedade e a marginalização, enquanto alimenta a xenofobia, como apontado por denúncias de discriminação contra brasileiros, que cresceram 500% entre 2017 e 2022, segundo a Comissão para Igualdade e Contra a Discriminação Racial. A atitude de “Galo” e seus seguidores, que tentam impor táticas radicais em solo português, é um desserviço aos imigrantes que buscam integração legal e à sociedade que luta por um urbanismo ordenado. Portugal precisa reforçar suas políticas migratórias e urbanas, garantindo que a lei prevaleça sobre a anarquia promovida por esses grupos.