Folha Do MS

EUA e OTAN Criticam Brasil, China e Índia por Compras de Petróleo Russo

O embaixador dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Matthew Whitaker, fez duras críticas a Brasil, China e Índia, responsabilizando-os diretamente pelas mortes de civis na guerra da Ucrânia. Em pronunciamento em Bruxelas, no dia 18 de julho de 2025, Whitaker afirmou que a compra de petróleo e gás russos por esses países financia a capacidade de Moscou de sustentar o conflito, permitindo ataques contínuos contra cidades e civis ucranianos. “Todas as noites, testemunhamos ataques devastadores na Ucrânia. Isso é possível porque nações como Brasil, China e Índia continuam a sustentar a máquina de guerra russa por meio de suas compras de energia”, declarou, segundo a Agência EFE.

A posição de Whitaker reflete a estratégia da administração do presidente Donald Trump de pressionar países que mantêm laços comerciais com a Rússia, especialmente em um momento em que a OTAN busca intensificar esforços para isolar economicamente Moscou. O embaixador destacou que a chamada “frota sombra” russa, usada para transportar petróleo e burlar sanções ocidentais, depende diretamente da demanda de países como os citados. Ele defendeu que o bloqueio dessas transações é essencial para enfraquecer a capacidade financeira da Rússia de continuar o conflito, que já deixou milhares de mortos e devastou infraestrutura civil na Ucrânia.

A OTAN, sob a liderança dos EUA, tem reforçado sua postura de apoio à Ucrânia, promovendo sanções mais rigorosas e exigindo maior cooperação global para conter a influência russa. Whitaker enfatizou que a responsabilidade pelos danos humanitários no conflito não recai apenas sobre Moscou, mas também sobre nações que, segundo ele, optam por ignorar as consequências de suas relações comerciais com a Rússia. A declaração ocorre em um contexto de crescente pressão diplomática, com os EUA buscando aliados para fortalecer a coalizão contra o financiamento indireto do conflito.

No Brasil, as acusações de Whitaker geraram reações. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem mantido uma postura de neutralidade no conflito, classificou as declarações como injustas, argumentando que o Brasil prioriza sua soberania econômica e relações comerciais diversificadas. Críticos do governo brasileiro, no entanto, apontam que a compra de petróleo russo a preços reduzidos beneficia a economia nacional em curto prazo, mas pode comprometer a imagem do país no cenário internacional. Além disso, decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), como as lideradas pelo ministro Alexandre de Moraes, têm sido vistas por aliados de Trump como obstáculos à liberdade de expressão e à cooperação com plataformas americanas, o que alimenta tensões adicionais com os EUA.

A postura de Whitaker reforça a visão da administração Trump de que a segurança global depende de ações firmes contra adversários como a Rússia. A OTAN, sob essa perspectiva, deve atuar como um bloco unificado para proteger valores democráticos e conter ameaças à estabilidade internacional. A continuidade das compras de energia russa por países como Brasil, China e Índia, na visão dos EUA, não apenas prolonga o sofrimento na Ucrânia, mas também desafia os esforços coletivos da aliança para promover a paz. A pressão americana sobre esses países sinaliza uma nova fase de confronto econômico, com implicações que vão além do conflito ucraniano e podem redefinir parcerias globais.

Gustavo De Oliveira

Escritor

Edit Template
Você foi inscrito com sucesso! Ops! Algo deu errado, tente novamente.

Links Rápidos

Termos e Condições

Política de Privacidade

Postagens Recentes

  • All Posts
  • Ciência
  • Crime e Justiça
  • Economia
  • Educação
  • Entretenimento
  • Esportes
  • Mato Grosso Do Sul
  • Meio Ambiente
  • Mundo
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia

Contate-Nos

© 2024 Folha Do MS. Todos os direitos reservados.