Em 2023, a população muçulmana na Espanha alcançou aproximadamente 2,41 milhões de pessoas, segundo estimativas da Unión de Comunidades Islámicas de España (UCIDE), representando cerca de 5% da população total do país. Projeções indicam que esse número pode ultrapassar 2,5 milhões em 2025, impulsionado principalmente pela imigração de países como Marrocos, Paquistão e Senegal. A presença muçulmana no país, que tem raízes históricas no período de Al-Andalus, entre os séculos VIII e XV, ganhou novo fôlego nas últimas décadas devido a fluxos migratórios e taxas de natalidade mais elevadas entre comunidades muçulmanas.
A Espanha abriga cerca de 2.000 mesquitas e oratórios, com maior concentração em regiões como Catalunha, Andaluzia e Comunidade de Madri. A Catalunha, em particula, abriga comunidades de origem marroquina e paquistanesa. No entanto, a construção de novos locais de culto enfrenta obstáculos, incluindo barreiras burocráticas impostas por regulamentações locais e resistência de alguns setores da sociedade, que expressam preocupações com a preservação da identidade cultural espanhola e a coesão social.
O aumento da população muçulmana reflete dinâmicas globais de migração, com a Espanha sendo um destino atraente devido à sua proximidade geográfica com o norte da África. Marroquinos formam o maior grupo de imigrantes muçulmanos, seguidos por paquistaneses e senegaleses, que frequentemente se estabelecem em áreas urbanas. Debates sobre integração cultural e religiosa persistem. Alguns espanhóis defendem a necessidade de políticas que promovam valores compartilhados, como o respeito às tradições locais.
O crescimento demográfico e a visibilidade das comunidades muçulmanas na Espanha reacendem discussões sobre o equilíbrio entre diversidade cultural e a manutenção de uma identidade nacional coesa.