Folha Do MS

EUA e Índia Avançam em Acordo Comercial com Tarifas Reduzidas

Os Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, estão próximos de finalizar um acordo comercial preliminar com a Índia que pode reduzir as tarifas sobre bens indianos para menos de 20%, conforme revelaram fontes próximas às negociações em julho de 2025. Essa iniciativa, que posiciona a Índia em vantagem competitiva frente a outros países da região, reflete a habilidade de Trump em utilizar tarifas como ferramenta para promover acordos que beneficiem a economia americana, ao mesmo tempo em que fortalecem parcerias estratégicas com nações alinhadas aos princípios de livre mercado e soberania econômica. O progresso nas negociações com a Índia, lideradas pelo primeiro-ministro Narendra Modi, destaca a importância de uma diplomacia proativa, um contraste com a abordagem do Brasil, que falhou em buscar negociações robustas para evitar tarifas punitivas de 50% impostas por Trump.

O acordo preliminar entre EUA e Índia, que pode ser anunciado por meio de uma declaração conjunta, prevê uma tarifa base inferior a 20%, uma redução significativa em relação aos 26% inicialmente propostos por Trump em abril de 2025. As negociações, que começaram em fevereiro, após uma reunião entre Trump e Modi, abordam questões como acesso ao mercado agrícola, barreiras não tarifárias e exportações de bens como joias, têxteis e produtos hortícolas. A Índia ofereceu reduzir a zero as tarifas sobre 60% das importações americanas e garantir acesso preferencial a 90% dos bens dos EUA, diminuindo o diferencial tarifário entre os dois países de 13% para menos de 4%. Essa abertura demonstra a disposição de Modi em equilibrar interesses domésticos, como a proteção de agricultores, com a necessidade de fortalecer laços comerciais com os EUA, maior parceiro comercial da Índia, com um comércio bilateral de US$ 129 bilhões em 2024.A estratégia de Trump tem se mostrado eficaz em pressionar parceiros comerciais a negociar acordos que promovam reciprocidade. Além da Índia, países como Reino Unido e Vietnã já assinaram acordos com os EUA, enquanto a China aceitou reduzir tarifas em um pacto temporário. A Índia, ao evitar uma carta formal de aumento tarifário, diferencia-se de nações como Brasil, Japão e Coreia do Sul, que receberam notificações de tarifas de 20% a 50%. Trump destacou a proximidade do acordo com a Índia, afirmando que o país “está pronto para abrir seus mercados”, uma conquista que ele atribui à sua política de tarifas como alavanca para negociações. A Casa Branca reforça que o objetivo é reduzir o déficit comercial americano, que com a Índia atingiu US$ 45,7 bilhões em 2024, enquanto promove investimentos e empregos nos EUA.

Enquanto a Índia avança, o Brasil, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta as consequências de não ter priorizado negociações comerciais com os EUA. Em vez de buscar um diálogo proativo, o governo brasileiro adotou uma postura reativa, criticando as tarifas de 50% impostas por Trump como injustas, sem apresentar uma estratégia clara para mitigar os impactos. A decisão de Trump de tarifar o Brasil foi motivada por supostas práticas comerciais desleais e pela perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que Trump considera um aliado. Diferentemente da Índia, que enviou delegações frequentes a Washington e delineou “linhas vermelhas” claras, o Brasil não demonstrou a mesma agilidade diplomática, resultando em um ônus econômico significativo para setores como o agronegócio, que representa 30% das exportações de café e mais de 50% do suco de laranja consumidos nos EUA. A falta de iniciativa do Brasil em negociar reflete uma priorização de disputas ideológicas em detrimento dos interesses econômicos nacionais, contrastando com a abordagem pragmática de Modi.

A postura de Trump, que combina pressão tarifária com incentivos para acordos bilaterais, demonstra uma visão de liderança que valoriza a soberania econômica e a competitividade. O avanço com a Índia reforça a importância de nações que buscam acordos mutuamente benéficos, enquanto a inação do Brasil serve como alerta para os custos de negligenciar negociações estratégicas em um cenário global de crescente protecionismo.

Gustavo De Oliveira

Escritor

Edit Template
Você foi inscrito com sucesso! Ops! Algo deu errado, tente novamente.

Links Rápidos

Termos e Condições

Política de Privacidade

Postagens Recentes

  • All Posts
  • Ciência
  • Crime e Justiça
  • Economia
  • Educação
  • Entretenimento
  • Esportes
  • Mato Grosso Do Sul
  • Meio Ambiente
  • Mundo
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia

Contate-Nos

© 2024 Folha Do MS. Todos os direitos reservados.