No próximo sábado (19), o Parque Jacques da Luz, nas Moreninhas, em Campo Grande, será palco da Ação Cidadania #TodoPorElas, pelo fim do feminicídio. Mais uma ação integrada entre o Judiciário, Executivo e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) para promover a conscientização sobre a segurança das mulheres e o combate à violência de gênero.
Autoridades e entidades que integram a ação participarão da abertura das atividades, a partir das 8h, com mais de 90 serviços oferecidos à população nas áreas de Cidadania, Justiça e Segurança Pública. A ALEMS terá um estande no evento, sob a responsabilidade da Escola do Legislativo Senador Ramez Tebet.
Entre os serviços oferecidos estão a consulta ao CPF ou CNPJ, cancelamento de protestos, busca e emissão de 2ª via de certidões de nascimento, óbito e casamento, serviços jurídicos familiares, tais como divórcio, guarda, reconhecimento de paternidade e união estável, cobrança e exoneração de alimentos e 2ª via de certidões, ofertas de empregos, imunização contra influenza a partir dos 6 meses, treinamento em primeiros socorros, prevenção e promoção da saúde mental de mães, bioimpedância, auto-cuidado e massagem, aferição de pressão, cursos de capacitação profissional, cortes de cabelo e oferta de alimentação no local. Haverá estande com vacinação antirrábica e agendamendamento de castração para animais domésticos.
“A Assembleia cumpre um papel institucional, nós estamos participando desde o início desta campanha, que foi pensada pela desembargadora Jaceguara Dantas, lá do Tribunal de Justiça, e trouxe a ideia para a Assembleia. Nós temos deputadas mulheres e deputados homens, todos em sintonia com a mesma política de não aceitar a violência contra a mulher, e todos os tipos de violência”, ressaltou o presidente da ALEMS, deputado Gerson Claro (PP).
Iniciativa
A idealizadora do #TodosPorElas, desembargadora Jaceguara Dantas, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), destaca a diversidade de serviços ofertados. “Serão oferecidos atendimentos gratuitos em saúde, assistência jurídica e social, emissão de documentos, rodas de conversa e atividades culturais e educativas para todas as idades”. enfatizou a magistrada
Ela explica que o feminicídio não ocorre de forma repentina. Ele é o ponto final de uma trajetória marcada por violências anteriores, muitas vezes naturalizadas ou ignoradas, que se acumulam no cotidiano de muitas mulheres. “Quando as instituições se fazem presentes, os serviços chegam ao seus destinatários, quando há escuta qualificada e atuação intersetorial, vidas são preservadas. E é isso que buscamos com esta ação. É a partir dessa compreensão que foi idealizada a campanha #TodosPorElas – pelo fim do feminicídio: do reconhecimento de que enfrentar a violência contra as mulheres requer mais do que palavras — exige ações coordenadas, compromissos públicos firmes e mecanismos estruturados de prevenção, acolhimento e proteção”, disse Jaceguara.