O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou suas críticas ao presidente russo Vladimir Putin em 8 de julho de 2025, acusando-o de prolongar a guerra na Ucrânia e de desrespeitar os direitos humanos. Durante uma reunião de gabinete na Casa Branca, Trump expressou sua frustração, afirmando que “Putin não está tratando os seres humanos corretamente” e que “está matando muitas pessoas”. Ele anunciou a retomada imediata do envio de armas defensivas à Ucrânia, incluindo sistemas avançados como mísseis Patriot, após uma breve suspensão ordenada pelo Pentágono na semana anterior devido a preocupações com os estoques americanos. “Eles precisam se defender. Estão sendo duramente atingidos agora”, disse Trump, referindo-se aos intensos ataques russos, que incluíram um recorde de 728 drones e mísseis lançados contra Kyiv e outras cidades ucranianas entre 8 e 9 de julho.
A decisão de Trump veio após uma série de ataques russos que marcaram os bombardeios mais intensos desde o início da invasão em fevereiro de 2022, segundo a Força Aérea Ucraniana. Em resposta, o presidente autorizou o envio de armamentos críticos, como interceptadores Patriot, mísseis Hellfire e projéteis de artilharia, que haviam sido retidos em um depósito na Polônia. A medida reverteu uma pausa controversa, criticada por aliados como a senadora Jeanne Shaheen, que alertou que a suspensão enfraqueceria a defesa aérea ucraniana. Trump também indicou que está considerando sanções adicionais contra Moscou, embora tenha evitado detalhes para não comprometer possíveis negociações de paz.
A mudança de postura de Trump reflete sua crescente insatisfação com Putin, a quem acusou de fazer promessas de paz “sem sentido” durante conversas telefônicas, incluindo uma em 3 de julho que não resultou em avanços para um cessar-fogo. “Recebemos muitas promessas falsas de Putin. Ele é gentil o tempo todo, mas isso não significa nada”, declarou Trump. A decisão de enviar armas ocorre em um momento crítico, com a Rússia intensificando sua ofensiva no leste da Ucrânia, especialmente na região de Donetsk e Sumy, onde concentra cerca de 160.000 soldados, segundo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.Zelensky elogiou a iniciativa de Trump, descrevendo uma conversa telefônica em 4 de julho como “a melhor que tivemos até agora”. Ele destacou a necessidade urgente de reforçar a defesa aérea de seu país, especialmente com sistemas Patriot, essenciais para neutralizar mísseis balísticos russos. A retomada do apoio militar americano, que já ultrapassou US$ 120 bilhões desde 2022, reforça a posição dos EUA como principal aliado da Ucrânia, mesmo em meio às tentativas de Trump de buscar uma solução diplomática para o conflito.
A postura firme de Trump contra Putin e o compromisso com o envio de armamentos avançados demonstram a prioridade de proteger aliados estratégicos e conter a agressão russa, mantendo a liderança dos EUA na segurança global. A decisão também responde às críticas de que a administração poderia estar recuando no apoio à Ucrânia, reafirmando o compromisso com a defesa da soberania ucraniana enquanto negociações de paz permanecem estagnadas.