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Trump Anuncia Novo Acordo Comercial com a China para Reduzir Tensões e Promover Comércio

Em 26 de junho de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a assinatura de um novo acordo comercial com a China, descrito como um passo significativo para aliviar as tensões econômicas entre as duas maiores potências mundiais. O entendimento, finalizado após negociações em Londres, consolida um pacto preliminar alcançado em Genebra, em maio, que reduziu tarifas retaliatórias e estabeleceu um cronograma de 90 dias para negociações mais amplas. Trump celebrou o acordo como uma vitória para os trabalhadores e empresas americanas, destacando que ele garante o fornecimento de minerais de terras raras pela China e mantém o acesso de estudantes chineses às universidades dos EUA, enquanto preserva tarifas estratégicas para proteger a indústria nacional.

As negociações, lideradas pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, e pelo representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, resultaram em um “acordo-quadro” que reverte medidas punitivas adotadas por ambos os lados desde abril de 2025. A China concordou em suspender restrições à exportação de terras raras, essenciais para indústrias como automotiva, eletrônica e de defesa, enquanto os EUA removeram tarifas adicionais impostas em abril, mantendo, porém, uma tarifa base de 30% sobre produtos chineses, que inclui 25% de tarifas pré-existentes da primeira administração Trump. O acordo também prevê a retomada de compras chinesas de produtos agrícolas americanos e a continuidade do acesso de estudantes chineses às instituições educacionais dos EUA, uma medida que Trump destacou como benéfica para as relações bilaterais.

O anúncio veio após meses de uma guerra comercial intensificada, iniciada quando Trump impôs tarifas de até 145% sobre importações chinesas, com a China retaliando com taxas de 125% e restrições a exportações de minerais críticos. O pacto de Genebra, em maio, reduziu essas tarifas para 30% (EUA) e 10% (China), mas a implementação enfrentou obstáculos, com Washington acusando Pequim de atrasar licenças de exportação de terras raras. As negociações em Londres, descritas como intensas por fontes próximas, culminaram em um compromisso mútuo de cumprir o acordado, embora detalhes adicionais dependam da aprovação final de Trump e do presidente chinês, Xi Jinping. O secretário de Comércio, Howard Lutnick, classificou o acordo como um “avanço prático” para evitar uma ruptura econômica, enquanto o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, enfatizou a necessidade de diálogo baseado em “respeito mútuo”.

O acordo tem sido visto como uma tentativa de estabilizar as relações comerciais, que impactam diretamente a economia global. A China, que controla cerca de 80% da produção mundial de terras raras, usou essas exportações como alavanca nas negociações, enquanto os EUA buscaram proteger sua indústria e reduzir o déficit comercial, que atingiu US$ 295,4 bilhões em 2024. Apesar do otimismo de Trump, que descreveu a relação com a China como “excelente”, analistas alertam que o acordo não resolve questões estruturais, como proteção de propriedade intelectual e barreiras não tarifárias, que continuam a desafiar as negociações. A imprensa chinesa, como a agência Xinhua, celebrou o entendimento como uma vitória diplomática, enquanto críticos nos EUA, como a ex-negociadora Wendy Cutler, sugerem que os ganhos são limitados, retornando as relações a um status quo anterior à escalada de tarifas.

A iniciativa reflete a abordagem de Trump de usar tarifas como ferramenta de negociação, uma estratégia que, segundo ele, protege os interesses americanos e promove a reindustrialização. O acordo também sinaliza a intenção dos EUA de competir com a influência chinesa em cadeias de suprimento globais, especialmente em setores estratégicos como tecnologia e energia renovável. Enquanto as negociações prosseguem, com uma possível extensão do prazo de 90 dias para países que negociem de boa-fé, o impacto do acordo será avaliado pela sua capacidade de reduzir custos para empresas americanas e garantir estabilidade econômica em meio a um cenário global volátil.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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