Reunidos em Kananaskis, Canadá, entre 14 e 16 de junho de 2025, os líderes do G7 – Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão – emitiram um comunicado conjunto que reconhece o direito de Israel à autodefesa e reitera que o Irã jamais deve possuir armas nucleares. A declaração, publicada no último dia da cúpula, reflete uma posição unificada contra as ameaças do regime iraniano, especialmente após a escalada do conflito com Israel, que incluiu ataques aéreos a instalações nucleares em Natanz, Fordow e Isfahan. A postura do G7 demonstra um compromisso com a estabilidade global e a contenção de um regime que, por décadas, desafia normas internacionais com seu programa nuclear e apoio a grupos armados na região.
O comunicado do G7 veio em resposta aos recentes ataques iranianos contra Tel Aviv, com mísseis balísticos lançados em 17 de junho, e à retórica beligerante do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, que prometeu “abrir as portas do inferno”. Os líderes do G7 classificaram o Irã como a “principal fonte de instabilidade e terror” no Oriente Médio, apontando seu financiamento de grupos como o Hezbollah e os Houthis, que desestabilizam Líbano, Iêmen e rotas comerciais no Mar Vermelho. A decisão de apoiar o direito de Israel à defesa é fundamentada em tratados internacionais, como a Carta da ONU, que garante a soberania e a segurança dos Estados contra agressões externas. Israel, alvo de ataques iranianos diretos e indiretos, demonstrou capacidade de resposta ao neutralizar infraestruturas nucleares, com apoio logístico americano, segundo o The Wall Street Journal.
A exigência de que o Irã abandone suas ambições nucleares é respaldada por relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que confirmam que Teerã enriqueceu urânio a 60%, um nível próximo ao necessário para armas nucleares, em violação do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA) de 2015. A AIEA também criticou a falta de transparência iraniana, com inspetores barrados em instalações-chave desde 2021. A posição do G7 reforça a necessidade de impedir que um regime com histórico de repressão interna e agressão externa adquira capacidade nuclear, o que poderia desencadear uma corrida armamentista na região e ameaçar a segurança global.
A cúpula, marcada pela saída antecipada do presidente americano Donald Trump para coordenar a resposta à crise, destacou a urgência de uma abordagem coordenada. Trump, que endossou o comunicado após ajustes na redação, segundo a BBC, enfatizou que “o Irã não pode ter uma arma nuclear sob nenhuma circunstância”. O primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o premiê japonês Shigeru Ishiba reforçaram a mensagem, defendendo sanções adicionais contra Teerã e apoio a Israel para evitar uma escalada maior. A chanceler alemã também pediu moderação, mas reconheceu a legitimidade das ações defensivas de Israel.
A decisão do G7 é um passo firme em direção à contenção de um regime que, sob Khamenei, demonstrou desprezo por negociações diplomáticas e compromissos internacionais. A economia iraniana, devastada por sanções que reduziram suas exportações de petróleo em 70% desde 2018, e os danos causados pelos ataques israelenses, que mataram mais de 220 pessoas, segundo a Reuters, evidenciam a fragilidade de Teerã. Ao apoiar Israel e exigir o fim do programa nuclear iraniano, o G7 envia uma mensagem clara: a comunidade internacional não tolerará ameaças à paz global, reforçando a importância de uma ordem baseada em regras e segurança coletiva.