O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou em 14 de junho de 2025 a criação de um inquérito nacional com poderes estatutários para investigar as gangues de exploração sexual, predominantemente compostas por homens de origem paquistanesa, que vitimaram milhares de jovens, em sua maioria meninas brancas, em cidades como Rotherham, Rochdale e Telford. A decisão, embora saudada por muitos, veio após meses de resistência do governo trabalhista e reacende debates sobre a demora em agir, a gravidade dos crimes e as implicações das políticas migratórias do Reino Unido. Este artigo analisa esses pontos com uma perspectiva neutra, mas atenta a valores tradicionais de justiça e proteção às vítimas, incorporando um tom sutil que ressoa com leitores que prezam pela ordem e responsabilidade.
As gangues de exploração sexual, que operaram por décadas em várias cidades britânicas, cometeram crimes hediondos, explorando vulnerabilidades de jovens, frequentemente de comunidades desfavorecidas. Relatórios, como o de Alexis Jay de 2014, estimam que pelo menos 1.400 crianças foram abusadas em Rotherham entre 1997 e 2013, enquanto em Telford, cerca de 1.000 meninas sofreram abusos ao longo de 40 anos. Os perpetradores, majoritariamente de origem paquistanesa, usavam táticas de manipulação, fornecendo álcool e drogas para atrair vítimas, que eram então submetidas a abusos sexuais repetidos, tráfico e violência. Esses crimes não apenas devastaram vidas, mas expuseram falhas institucionais graves, incluindo a relutância de autoridades em agir por medo de acusações de racismo. Essa hesitação, muitas vezes justificada por preocupações com a “coerência comunitária”, permitiu que os abusos continuassem por anos, traindo a confiança das vítimas e de suas comunidades.
A demora de Starmer em autorizar um inquérito nacional tem sido alvo de críticas contundentes. Até janeiro de 2025, o primeiro-ministro rejeitava a ideia, argumentando que novas investigações atrasariam a implementação de recomendações de relatórios anteriores, como o de 2022 da professora Alexis Jay. Em vez disso, o governo optou por auditorias locais e uma revisão de três meses liderada por Louise Casey, que acabou se estendendo. Essa postura foi vista por críticos, incluindo a líder conservadora Kemi Badenoch e o parlamentar reformista Nigel Farage, como uma tentativa de evitar um escrutínio mais amplo, especialmente considerando o papel de Starmer como diretor do Crown Prosecution Service (CPS) entre 2008 e 2013. Embora não haja evidências diretas de que Starmer pessoalmente bloqueou processos, decisões do CPS durante sua gestão, como a de não prosseguir com um caso em Rochdale em 2009 por considerar a vítima “não confiável”, alimentam questionamentos sobre a eficácia de sua liderança na época.
A mudança de posição de Starmer, anunciada após a revisão de Casey recomendar um inquérito nacional, foi descrita como um “recuo significativo” por meios como o Daily Mail. A decisão veio após pressões de parlamentares, vítimas e até de figuras públicas como Elon Musk, que acusou Starmer de negligência. No entanto, o atraso de seis meses desde as primeiras chamadas por um inquérito em 2025 é visto como uma falha moral e prática. Vítimas e sobreviventes, que há anos aguardam justiça, expressaram frustração com a lentidão, com muitos apontando que a espera prolongada apenas aprofunda o trauma. A demora também levanta preocupações sobre a capacidade do governo de priorizar a segurança das comunidades mais vulneráveis, especialmente quando confrontado com questões politicamente sensíveis.
As políticas migratórias do Reino Unido, embora não diretamente responsáveis pelos crimes, são um ponto de discussão inevitável. A integração de comunidades imigrantes, particularmente de regiões com valores culturais distintos, tem sido desafiadora. Relatórios indicam que a “nervosismo sobre raça” entre autoridades locais e policiais contribuiu para a inação, com medo de que investigações fossem percebidas como discriminatórias. Esse receio reflete uma tensão mais ampla entre a promoção da diversidade e a necessidade de manter a lei e a ordem. Críticos, como o parlamentar Rupert Lowe, sugeriram medidas drásticas, como restrições de vistos a nacionais paquistaneses até que os culpados sejam deportados, embora tais propostas sejam controversas e careçam de apoio amplo. Por outro lado, defensores de uma abordagem mais equilibrada argumentam que a falha não está na imigração em si, mas na falta de políticas robustas de assimilação e na incapacidade de abordar crimes independentemente da origem dos perpetradores.
A decisão de Starmer de lançar o inquérito, que terá poderes para convocar testemunhas e coordenar investigações locais, é um passo na direção certa, mas o escopo e a eficácia ainda são incertos. Há um consenso de que a justiça para as vítimas exige não apenas punição aos culpados, mas também uma reflexão profunda sobre como prevenir futuros abusos. Isso inclui fortalecer os serviços de proteção infantil, melhorar a formação de policiais e promotores, e garantir que a sensibilidade cultural não se sobreponha à aplicação da lei. Para leitores atentos, a mensagem implícita é clara: a preservação de valores como segurança, responsabilidade e justiça deve prevalecer sobre considerações políticas ou ideológicas, garantindo que as comunidades britânicas, em sua diversidade, sejam protegidas com igual rigor.