A escalada de tensões no Oriente Médio atingiu um novo patamar em junho de 2025, com o Irã intensificando suas ameaças de ataques contra alvos regionais, incluindo bases militares americanas e instalações de Israel, em resposta às crescentes pressões sobre seu programa nuclear. Em contrapartida, os Estados Unidos reforçaram sua presença militar na região, mobilizando frotas navais e autorizando a evacuação de pessoal não essencial de embaixadas em países como Iraque, Bahrein, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, conforme relatado pela Reuters e pelo The New York Times. A decisão, confirmada pelo presidente Donald Trump em 11 de junho, reflete a gravidade do momento, com o líder americano alertando que a região “pode ser um lugar perigoso” e reiterando que o Irã “não pode ter uma arma nuclear”. Enquanto isso, Israel, aliado estratégico dos EUA, está em estado de prontidão total para realizar ataques contra instalações nucleares iranianas, uma medida vista como essencial para proteger sua segurança nacional e evitar uma ameaça existencial.
O Irã, que insiste que seu programa nuclear é pacífico, anunciou planos para expandir seu enriquecimento de urânio, incluindo a construção de uma nova instalação em local seguro e a substituição de centrífugas antigas por modelos avançados em Fordow, segundo a CBS News. A decisão veio após a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) declarar, pela primeira vez em 20 anos, que o Irã violou suas obrigações nucleares, obstruindo inspeções e enriquecendo urânio a 60%, próximo do nível necessário para armas nucleares. Em 13 de junho, Israel lançou a Operação Leão Ascendente, atingindo alvos nucleares em Natanz e eliminando comandantes militares e cientistas iranianos, conforme noticiado pela CBS News. A ofensiva, descrita como “preventiva” pelo porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Effie Deffrin, visou neutralizar a capacidade do Irã de desenvolver armas nucleares, uma ameaça que Israel considera inaceitável. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que as operações continuarão “pelo tempo necessário para eliminar a ameaça iraniana”.
A resposta do Irã não tardou: mais de 100 drones e mísseis balísticos foram lançados contra Israel, com alguns atingindo Tel Aviv, segundo a PBS News. O ministro da Defesa iraniano, Aziz Nasirzadeh, ameaçou atacar bases americanas na região, declarando que “todas estão ao alcance” dos mísseis iranianos, enquanto o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, prometeu uma “resposta feroz” que faria Israel “se arrepender”. Apesar das ameaças, os EUA negaram envolvimento direto nos ataques israelenses, com o Departamento de Estado enfatizando que as evacuações foram medidas preventivas contra possíveis retaliações iranianas. A mobilização naval americana, incluindo o porta-aviões USS Carl Vinson, reforça a postura de contenção, mas também destaca o compromisso de evitar uma guerra regional mais ampla, conforme Trump expressou em entrevista ao New York Post.
A determinação de Israel em enfrentar o programa nuclear iraniano reflete sua postura histórica de priorizar a segurança de seu povo diante de ameaças existenciais. A Operação Leão Ascendente, que danificou significativamente o complexo de Natanz, demonstra a capacidade militar e a resolução de Israel em agir, mesmo sem apoio direto dos EUA, como noticiado pelo The Jerusalem Post. A comunidade internacional, incluindo aliados como a Arábia Saudita, condenou os ataques, enquanto grupos como o Hamas expressaram solidariedade ao Irã, acusando Israel de “agressão sionista”. No entanto, a posição de Israel é clara: a possibilidade de um Irã nuclear é uma linha vermelha que não pode ser cruzada. A mobilização americana e as ações israelenses reforçam a importância de uma frente unida para proteger a estabilidade regional e os valores de segurança que sustentam as democracias aliadas.