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Irã Ataca Tel Aviv e Atinge Civis: Israel Mantém Foco em Alvos Militares em Ofensiva Defensiva

Em 13 de junho de 2025, o Irã lançou uma série de ataques com mísseis balísticos contra Tel Aviv, a maior cidade de Israel, deixando um saldo trágico de uma jovem civil morta e pelo menos 34 pessoas feridas, conforme relatado pelo serviço de emergência israelense Magen David Adom. A ofensiva, nomeada pelo Irã como “Operação Promessa Verdadeira III”, foi uma retaliação aos ataques aéreos israelenses da Operação Leão Ascendente, que atingiram instalações nucleares e alvos militares no Irã, incluindo a planta de enriquecimento de urânio em Natanz e bases da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC). Enquanto Israel justificou suas ações como uma resposta preventiva à ameaça nuclear iraniana, o ataque de Teerã contra áreas residenciais em Israel foi amplamente condenado por mirar civis, intensificando as tensões em um conflito que ameaça desestabilizar o Oriente Médio.

Os ataques iranianos, que envolveram mais de 150 mísseis balísticos e drones, ocorreram em múltiplas ondas entre sexta-feira e sábado, com explosões ouvidas em Tel Aviv, Haifa e Jerusalém, segundo a BBC e o Estadão. Embora a maioria dos projéteis tenha sido interceptada pelo sistema de defesa aérea de Israel, o Domo de Ferro, com apoio de forças americanas, alguns mísseis atingiram alvos civis, incluindo uma casa de dois andares na Galileia Ocidental, onde a vítima fatal, uma jovem, foi encontrada. O serviço de emergência mobilizou 35 mil funcionários para atender os feridos, e campanhas de doação de sangue foram organizadas em todo o país. A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que os ataques miraram bases militares, mas imagens de prédios residenciais danificados em Tel Aviv, divulgadas pela Associated Press, evidenciam que áreas civis foram diretamente afetadas, uma tática que contraria normas internacionais de guerra.

Israel, por sua vez, concentrou seus ataques no Irã em alvos estratégicos, como as instalações nucleares de Natanz, Fordow e Isfahan, além de bases militares e residências de comandantes da IRGC. A ofensiva, iniciada na madrugada de sexta-feira, resultou na morte de líderes militares iranianos, incluindo Hossein Salami, comandante da IRGC, e Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, além de cientistas nucleares como Fereydoon Abbasi. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu defendeu a operação, declarando que “Israel não permitirá que um regime que clama por nossa destruição obtenha armas nucleares”. Relatórios da AIEA confirmaram danos significativos em Natanz, embora sem vazamentos radioativos, enquanto a mídia iraniana reportou 78 mortos, majoritariamente civis, uma alegação questionada por fontes israelenses que afirmam que os alvos eram exclusivamente militares.

O contraste entre as estratégias dos dois países é marcante. Enquanto Israel priorizou alvos militares e nucleares para neutralizar uma ameaça existencial, o Irã optou por ataques que colocaram civis em risco, uma decisão que intensifica a percepção de sua irresponsabilidade no cenário internacional. O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma “resposta dura”, mas a escolha de atingir áreas povoadas, como o centro de Tel Aviv, foi criticada por líderes mundiais, incluindo o secretário-geral da ONU, António Guterres, que pediu o fim da escalada. Países como os EUA, Reino Unido e França expressaram apoio ao direito de Israel à autodefesa, enquanto a Jordânia interceptou mísseis iranianos em seu espaço aéreo, segundo a CNN.

A determinação de Israel em proteger sua população e impedir o avanço do programa nuclear iraniano reflete um compromisso com a segurança nacional e a estabilidade regional. A escolha do Irã de atacar civis, por outro lado, reforça a necessidade de uma resposta internacional firme contra ações que violam princípios humanitários. Em um momento de crescente instabilidade, a postura de Israel, apoiada por aliados como os EUA, destaca a importância de defender valores de segurança e responsabilidade em face de provocações que ameaçam a paz global.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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