O porta-aviões HMS Prince of Wales, carro-chefe da Marinha Real Britânica, foi avistado operando no Mar Arábico em junho de 2025, próximo à entrada do Golfo Pérsico, como parte da Operação Highmast, uma missão multinacional de oito meses que abrange o Mediterrâneo e o Indo-Pacífico. A presença do navio, acompanhado por um grupo de ataque que inclui destróieres, fragatas e caças F-35B, foi interpretada como um sinal de apoio às operações defensivas de Israel contra o Irã, conforme relatos da Reuters e do The Telegraph. Declarações oficiais do governo britânico, liderado pelo primeiro-ministro Keir Starmer, deixam claro que o Reino Unido não tem intenção de defender o Irã, mas sim de respaldar Israel em sua luta contra o programa nuclear iraniano, reforçando a postura de Londres como um aliado firme na segurança regional.
A Operação Highmast, iniciada em 22 de abril de 2025, tem como objetivo demonstrar a capacidade militar do Reino Unido e sua cooperação com aliados da OTAN, como Noruega, Canadá e Espanha, além de parceiros regionais como a Índia, com quem o HMS Prince of Wales realizou exercícios conjuntos no Mar Arábico em 9 e 10 de junho, segundo o UK Defence Journal. Embora a missão seja oficialmente descrita como um esforço para promover estabilidade e segurança marítima, a proximidade do porta-aviões ao Irã coincide com a intensificação da Operação Leão Ascendente de Israel, que atingiu instalações nucleares em Natanz e eliminou líderes da Guarda Revolucionária Islâmica. Starmer, em visita ao HMS Prince of Wales em abril, afirmou que a missão envia “uma mensagem clara de força aos adversários e de unidade aos aliados”, destacando o compromisso britânico com a defesa de parceiros estratégicos, conforme a BBC News.
O Reino Unido, ao lado da França, expressou apoio explícito ao direito de Israel de se defender contra as ameaças iranianas. Em 13 de junho, Starmer condenou o programa nuclear do Irã, que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou estar enriquecendo urânio a 60%, próximo do nível necessário para armas nucleares, segundo a The Guardian. A posição britânica alinha-se à do presidente americano Donald Trump, que alertou o Irã a negociar ou enfrentar “consequências devastadoras”, conforme a Reuters. Embora posts em redes sociais, como os do usuário
@areamilitarof, sugiram que o HMS Prince of Wales opera diretamente em apoio a Israel, o Ministério da Defesa britânico não confirmou envolvimento em operações ofensivas contra o Irã, enfatizando que a presença do porta-aviões visa garantir a liberdade de navegação e deter ameaças regionais, incluindo ataques dos Houthis apoiados pelo Irã no Mar Vermelho.
A mobilização do HMS Prince of Wales, com seus 65 mil toneladas e até 24 caças F-35B, reflete a capacidade do Reino Unido de projetar poder militar em cenários de alta tensão. A decisão de enviar o porta-aviões ao Mar Arábico, uma região estratégica próxima ao Irã, reforça a mensagem de que Londres está comprometida com a segurança de Israel e com a contenção das ambições nucleares iranianas. Em um contexto de instabilidade global, a postura britânica demonstra a prioridade de proteger aliados e manter a ordem internacional, valores essenciais para a estabilidade em uma região marcada por conflitos.
