O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou a aprovação da “One Big Beautiful Bill Act” pela Câmara dos Representantes em 22 de maio de 2025, por uma margem apertada de 215 a 214 votos. A legislação, que agora segue para o Senado, combina cortes significativos de impostos, reforço na segurança de fronteira e medidas controversas, como o desfinanciamento de clínicas de aborto e a proibição de fundos do Medicaid para cirurgias de transição de gênero. Aprovada como parte da agenda “America First”, a lei também destina bilhões para a construção de um muro na fronteira com o México, atendendo a promessas de campanha de Trump. Paralelamente, o Departamento do Trabalho dos EUA reportou em maio de 2025 a primeira queda nos preços ao consumidor desde maio de 2020, impulsionada pela redução nos custos de gasolina e energia, conforme noticiado pela Reuters e Bloomberg. Essas mudanças reforçam a narrativa do governo de priorizar a prosperidade econômica e a segurança nacional, enquanto geram debates sobre suas implicações sociais e fiscais.
A “One Big Beautiful Bill”, com mais de 1.100 páginas, torna permanentes os cortes de impostos de 2017, aprovados no primeiro mandato de Trump, e introduz isenções temporárias até 2028, como a eliminação de impostos sobre gorjetas, horas extras e juros de financiamentos de carros fabricados nos EUA. A legislação destina US$ 46,5 bilhões para a construção do muro na fronteira, US$ 4,1 bilhões para contratar agentes da Patrulha de Fronteira e mais de US$ 2 bilhões em bônus de retenção, além de US$ 45 bilhões para operações de deportação e US$ 14 bilhões para instalações de detenção, segundo a CBS News. A lei também proíbe o uso de fundos do Medicaid para clínicas como a Planned Parenthood, que oferecem serviços de aborto, e bloqueia reembolsos para cirurgias de transição de gênero para menores e adultos, uma medida criticada por democratas como prejudicial a milhões de pacientes que dependem dessas clínicas para exames de câncer e contraceptivos.
No âmbito econômico, a queda nos preços ao consumidor, com uma redução de 0,2% em abril de 2025, marca um alívio significativo após anos de inflação elevada. Dados do Departamento do Trabalho, citados pela CNBC, apontam que o recuo foi impulsionado por uma queda de 3,8% nos preços da gasolina e reduções em tarifas de energia, refletindo o aumento da produção doméstica de petróleo e gás, conforme promovido pela nova lei, que elimina incentivos fiscais para energia limpa e facilita a extração em terras públicas. A Forbes destacou que a desregulamentação energética, incluindo a revogação do imposto sobre metano da era Biden, contribuiu para a queda nos custos.