Folha Do MS

André Ventura Alerta para Riscos de Islamização na Europa Após Relatório Francês sobre a Irmandade Muçulmana

O líder do partido Chega, André Ventura, intensificou suas advertências sobre o que chama de “islamização acelerada da Europa” após a divulgação de um relatório francês que aponta a infiltração da Irmandade Muçulmana em escolas, associações culturais e autarquias do país. Em um discurso na Assembleia da República em 23 de maio de 2025, Ventura questionou: “Convidamos terroristas abertamente a visitar o nosso país?”, criticando políticas migratórias que, segundo ele, comprometem a segurança e a identidade cultural europeia.

A declaração, repercutida por veículos como Correio da Manhã e Observador, ecoa preocupações do relatório de 73 páginas, vazado ao Le Figaro, que acusa a Irmandade de criar “ecossistemas islâmicos” para desafiar os princípios seculares da França. A postura de Ventura reflete uma visão de defesa da matriz judaico-cristã da Europa, mas reacende debates sobre o equilíbrio entre segurança nacional e o respeito à diversidade religiosa.

O relatório francês, discutido em uma reunião do Conselho de Defesa presidida por Emmanuel Macron em 21 de maio de 2025, detalha uma estratégia de “entrismo” da Irmandade Muçulmana, organização fundada no Egito em 1928, que busca influenciar instituições por meio de associações como a Musulmans de France, controladora de 139 mesquitas e 280 entidades. O documento, conforme relatado pela Reuters e Le Monde, destaca a promoção de narrativas islamistas em escolas privadas, clubes esportivos e redes sociais, visando jovens e comunidades urbanas.

Ventura, cuja trajetória política inclui críticas consistentes à imigração islâmica desde 2016, quando defendia a “redução drástica da presença islâmica” na Europa, usou o relatório para reforçar sua narrativa. Em 2020, ele já havia proposto a criação de uma equipe para monitorar a comunidade muçulmana em Portugal, conforme noticiado pelo Correio da Manhã, argumentando que a Europa enfrenta uma “escalada assassina” de radicalismo, citando atentados como os de Paris e Nice. O líder do Chega, que conquistou 22,56% dos votos nas eleições de 2025, segundo a Reuters, vincula a imigração de países islâmicos a riscos de segurança e à formação de “guetos culturais” que dificultam a integração. Sua retórica, que inclui a revogação do acordo de mobilidade da CPLP e a reintrodução de quotas migratórias, é vista por apoiadores como uma defesa da soberania cultural, mas por críticos como um discurso que promove estigmatização.

Em Portugal, Ventura aproveitou o momento para criticar a “flexibilização excessiva” da imigração, ecoando um post de fevereiro de 2025 no qual afirmou que “a Europa é cristã e não pode abdicar dos seus valores”.

A França, que abriga 6,7 milhões de muçulmanos (cerca de 10% da população), enfrenta tensões desde o assassinato do professor Samuel Paty em 2020, reforçando medidas como a lei anti-separatismo de 2021. Ventura, por sua vez, mantém um discurso alinhado com líderes como Marine Le Pen, com quem se reuniu em 2021, segundo o Público, para condenar políticas migratórias liberais. A discussão sobre a Irmandade Muçulmana e a islamização reflete uma preocupação crescente com a preservação da identidade cultural e da segurança, mas exige um equilíbrio delicado para evitar divisões sociais e proteger os valores democráticos fundamentais.

Gustavo De Oliveira

Escritor

Edit Template
Você foi inscrito com sucesso! Ops! Algo deu errado, tente novamente.

Links Rápidos

Termos e Condições

Política de Privacidade

Postagens Recentes

  • All Posts
  • Ciência
  • Crime e Justiça
  • Economia
  • Educação
  • Entretenimento
  • Esportes
  • Mato Grosso Do Sul
  • Meio Ambiente
  • Mundo
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia

Contate-Nos

© 2024 Folha Do MS. Todos os direitos reservados.