A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, causou controvérsia ao citar o modelo de regulamentação de redes sociais da China, que inclui censura e prisão para infratores, como exemplo para o Brasil. Em entrevista ao podcast “Se Ela Não Sabe, Quem Sabe?”, da Folha de S.Paulo, publicada em 23 de maio de 2025, Janja relatou uma conversa com o presidente chinês Xi Jinping durante um jantar oficial em Pequim, no qual discutiram o controle de plataformas digitais. “O presidente Xi falou que, apesar de uma regulação muito forte, eles também têm problemas na China. Lá, crianças só podem usar telas a partir dos 11 anos, com horário específico, e não podem ter redes sociais. Se não seguir a regra, tem prisão. Por que é tão difícil falar disso aqui?”, questionou. A declaração, confirmada por veículos como Estadão e CNN Brasil.
A oposição reagiu com veemência. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou um trecho da entrevista, criticando o que classificou como uma tentativa de importar o “modelo autoritário” chinês. Outros opositores, como o movimento Advocacia pela Liberdade, argumentaram que a defesa de Janja ignora pilares do Estado de Direito, como a liberdade de expressão garantida pela Constituição de 1988. A Gazeta do Povo destacou que a fala reforça críticas sobre o suposto apreço do governo por regimes autoritários, enquanto a Revista Oeste classificou Janja como uma “defensora do autoritarismo chinês”. A controvérsia ganhou força em um contexto de tensões políticas, com a oposição bolsonarista questionando decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre regulação de redes, vistas como tentativas de controle estatal.
A controvérsia sobre a regulação das redes sociais reflete um debate global. A China, conhecida pelo “Grande Firewall”, impõe controles rígidos sobre plataformas digitais, com penas que incluem prisão para quem desafia as regras do Partido Comunista, segundo a BBC