No sábado, 26 de abril de 2025, dezenas de milhares de pessoas tomaram as ruas do centro de Dublin, Irlanda, em uma das maiores manifestações da história recente do país, para protestar contra as políticas migratórias do governo. Organizada por grupos como o National Party e apoiada por figuras públicas, incluindo o ex-campeão do UFC Conor McGregor, a marcha expressou a frustração de comunidades locais que acusam o governo de ignorar suas preocupações sobre os impactos da imigração em massa. Segundo relatos de fontes como o Gript Media, os manifestantes criticaram a falta de diálogo com autoridades e a priorização de requerentes de asilo em detrimento de questões como a crise habitacional e o custo de vida.
A manifestação, que reuniu entre 10 mil e 100 mil pessoas, conforme estimativas divergentes em posts no X, partiu de pontos centrais como a O’Connell Street e foi marcada por bandeiras irlandesas e cartazes com slogans como “Ireland is Full” (A Irlanda está cheia). Os organizadores, incluindo o National Party, que defende a “remigração”, argumentaram que a chegada de cerca de 100 mil refugiados ucranianos desde 2022 e outros requerentes de asilo, totalizando 160 mil entradas irregulares em 2024 segundo a Frontex, tem sobrecarregado serviços públicos e exacerbado a escassez de moradias. A crise imobiliária, com aluguéis em Dublin subindo 12% em 2024, conforme o Irish Times, é frequentemente citada como um fator que amplifica o descontentamento.
A marcha de Dublin reflete um fenômeno mais amplo na Europa, onde o debate migratório tem impulsionado movimentos conservadores. Embora a Irlanda não tenha partidos de extrema-direita no parlamento, pequenos protestos anti-imigração cresceram desde 2023, segundo a Folha de S.Paulo. O governo enfrenta o desafio de equilibrar sua tradição de acolhimento com as pressões internas, enquanto a sociedade irlandesa debate como preservar sua identidade em meio a mudanças rápidas.