Em um pronunciamento firme, o deputado estadual Coronel David, do Partido Liberal (PL), abordou, em 7 de abril de 2025, um recente caso de violência em Campo Grande que terminou com a morte de Adriano Antero Batista, de 39 anos, no bairro Santo Eugênio. O parlamentar usou suas redes sociais para destacar a atuação da Polícia Militar em um confronto que envolveu um homem acusado de ameaçar sua ex-companheira e desafiar as autoridades. O caso, que ganhou atenção pela gravidade das acusações, reacendeu o debate sobre segurança pública e proteção às vítimas de violência doméstica no estado.
Segundo informações oficiais, Adriano teria ameaçado matar sua ex-companheira a tiros, na presença dos filhos, por uma disputa de R$ 50. A vítima, temendo por sua segurança, deixou a casa com as crianças e buscou ajuda na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), onde registrou um boletim de ocorrência em 28 de fevereiro. Uma medida protetiva de urgência foi concedida, mas o agressor desrespeitou a ordem judicial, continuando a perseguir a mulher e chegando a ameaçar colegas no local de trabalho dela, armado. Na noite de 7 de abril, durante um patrulhamento de rotina, a Polícia Militar localizou Adriano, que tentou fugir, deixando para trás uma sacola com drogas e uma balança de precisão. Ao se esconder em uma residência e disparar contra os policiais, ele foi baleado, socorrido, mas não resistiu, falecendo na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Coronel David, conhecido por sua trajetória na segurança pública, elogiou a resposta da PM, classificando-a como uma demonstração de proteção efetiva. “Quem ameaça a vida de uma mulher e desafia a lei enfrenta as consequências. Aqui, a prioridade é proteger os cidadãos e garantir que a justiça prevaleça”, declarou o deputado, reforçando sua posição de apoio a ações policiais que visem coibir crimes, especialmente contra mulheres. Ele destacou que a segurança pública deve ser construída com firmeza e responsabilidade, sem espaço para leniência diante de comportamentos que ameacem a ordem e a dignidade.
O caso expõe os desafios enfrentados por vítimas de violência doméstica, mesmo com medidas legais em vigor. Mato Grosso do Sul registrou, em 2024, mais de 7 mil casos de violência contra mulheres, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, o que sublinha a necessidade de políticas robustas e de uma resposta rápida das forças de segurança. A atuação da Deam e a concessão de medidas protetivas são passos importantes, mas episódios como esse mostram que a implementação dessas ferramentas exige vigilância constante.
O pronunciamento do deputado reflete uma visão que valoriza a ordem e a proteção das vítimas, enquanto levanta questões sobre como prevenir a escalada de casos semelhantes. A morte de Adriano, embora trágica, é vista por muitos como um desfecho inevitável diante de sua resistência armada, mas também reforça a importância de fortalecer mecanismos que protejam as vítimas antes que situações cheguem a esse ponto. O debate segue aberto, com a sociedade sul-mato-grossense atenta às ações de suas autoridades na busca por um equilíbrio entre segurança e justiça.