Elon Musk, magnata da tecnologia e figura influente na administração do presidente Donald Trump, declarou em 22 de março de 2025 que iniciará uma ação judicial contra o ex-deputado americano Jamaal Bowman. A decisão veio após Bowman, durante uma aparição ao vivo na CNN em 20 de março, chamar Musk de “ladrão” e “nazista” em um painel de discussão. Em resposta, Musk publicou em sua plataforma X: “Chega. Processo a caminho”, sinalizando sua intenção de buscar reparação legal pelas acusações.
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O incidente ocorreu no programa “NewsNight with Abby Phillip”, quando Bowman, ex-representante democrata de Nova York e membro do grupo progressista conhecido como “The Squad”, criticou a competência de Musk em seu papel no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), uma iniciativa de Trump para reduzir a burocracia federal. “O povo americano não confia em Elon Musk, e ele é incompetente na sua posição. Como sabemos? Porque demitiram dezenas de milhares de pessoas, isso foi contestado em tribunal, e agora essas pessoas estão voltando”, afirmou Bowman, antes de concluir: “Ele é incompetente. Ele é um ladrão. Ele é um nazista. E as pessoas não confiam nele.”
Bowman, que perdeu sua reeleição em julho de 2024 para George Latimer em uma primária democrata, já havia sido alvo de controvérsias, como o episódio em 2023 em que acionou um alarme de incêndio no Congresso para atrasar uma votação. Suas declarações contra Musk, que lidera empresas como Tesla e SpaceX, intensificaram uma onda de críticas que o bilionário tem enfrentado de setores progressistas, especialmente após sua proximidade com Trump. A resposta de Musk ao comentário foi rápida e direta, refletindo sua crescente disposição de confrontar detratores judicialmente.
A ameaça de processo ganhou apoio imediato de figuras conservadoras nos EUA. O senador Mike Lee, de Utah, escreveu no X: “Processe-o! A difamação contra conservadores não pode ficar sem resposta, ou nunca vai acabar.” O jornalista Andy Ngo também defendeu a ação, argumentando que “acusar alguém de crimes não é opinião protegida” e que a CNN poderia ser responsabilizada por dar espaço a declarações potencialmente difamatórias sem contestação. A mãe de Musk, Maye Musk, já havia incentivado o filho a processar a CNN por narrativas como a de um suposto “salve nazista” durante a posse de Trump, em janeiro de 2025.
O caso reflete um momento de tensão crescente entre Musk e seus críticos, com reflexos em ataques recentes contra a Tesla, como atos de vandalismo classificados como terrorismo doméstico.