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China Enfrenta Crise Financeira e Líderes Avaliam Como Responder a Trump

A China atravessa um período de turbulência econômica que coloca seus líderes diante de um dilema estratégico enquanto o governo de Donald Trump, empossado em janeiro de 2025, intensifica pressões sobre o país. Com uma crise imobiliária prolongada, queda no consumo interno e fuga de capitais, a segunda maior economia do mundo vê suas reservas financeiras encolherem, limitando as opções de Pequim para contra-atacar as políticas agressivas dos Estados Unidos, especialmente as tarifas de importação prometidas pelo presidente americano.

O setor imobiliário, que já representou cerca de 30% do PIB chinês, continua em declínio desde 2021, com gigantes como a Evergrande enfrentando falências e deixando projetos inacabados. Dados recentes mostram que os preços das moradias caíram em 70 grandes cidades pelo décimo mês consecutivo em fevereiro de 2025, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas da China. Essa crise corroeu a confiança dos consumidores, que reduziram gastos, enquanto o desemprego juvenil atingiu 16%, conforme relatório do Ministério do Trabalho chinês, agravando a desaceleração econômica.

Paralelamente, a saída de investimentos estrangeiros atingiu níveis alarmantes, com uma queda de quase 80% entre 2021 e 2023, conforme o Banco Popular da China, e estimativas do Wall Street Journal indicam que até US$ 254 bilhões deixaram o país entre junho de 2023 e junho de 2024. A receita tributária também despencou, deixando o governo central com menos recursos para estímulos fiscais ou para apoiar exportadores diante das tarifas americanas, que Trump elevou para 20% em março de 2025, com ameaças de alcançar 60%. O New York Times reportou que essa combinação de fatores coloca Pequim em uma posição vulnerável, com menos margem para manobras econômicas robustas.

Diante desse cenário, os líderes chineses enfrentam um dilema: intensificar o confronto com os EUA, arriscando uma guerra comercial que poderia aprofundar a crise interna, ou buscar uma postura mais conciliatória, negociando com Trump para evitar danos maiores. O presidente Xi Jinping anunciou em seu discurso de Ano Novo que “a China se fortalece nas dificuldades”, mas analistas apontam que os estímulos de mais de US$ 2 trilhões prometidos em 2024 não foram suficientes para reverter a tendência de desaceleração, com previsões do Moody’s ajustando o crescimento de 2025 para 4,2%, abaixo da meta oficial de 5%.

Enquanto Trump usa tarifas como arma política e simbólica, a China tenta mitigar os impactos redirecionando exportações para países como Vietnã e fortalecendo laços regionais. No entanto, a dependência do mercado americano e a fragilidade doméstica limitam essas estratégias, forçando Pequim a pesar cuidadosamente seus próximos passos em um tabuleiro global cada vez mais instável.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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