Na semana passada, em 18 de março de 2025, a polícia italiana prendeu quatro cidadãos marroquinos em Turim sob a acusação de tráfico humano envolvendo uma bebê de poucos meses. Segundo informações divulgadas pelas autoridades e reportadas por outlets como o La Repubblica e o Corriere della Sera, o grupo transportou a criança em uma sacola de compras durante uma travessia pelo Mediterrâneo, com a intenção de vendê-la no mercado negro na Itália. A operação, conduzida pela Squadra Mobile de Turim, expôs um esquema que teria começado em Marrocos, onde a bebê foi supostamente entregue por sua mãe biológica a uma dupla marroquina antes de ser levada ao país europeu.
A bebê, cuja idade exata não foi revelada, sofreu problemas de saúde devido às condições precárias da viagem, incluindo falta de ventilação e exposição prolongada dentro da sacola. Após a chegada em solo italiano, ela foi encaminhada a um hospital em Turim, onde recebeu cuidados médicos. As autoridades descreveram seu estado como delicado, mas estável, e estão trabalhando para identificar e localizar a mãe biológica, que permanece desaparecida. Os suspeitos, todos homens com idades entre 25 e 40 anos, foram detidos em um apartamento na periferia da cidade após uma investigação iniciada por denúncias anônimas sobre atividades suspeitas no local.
O caso começou a ganhar atenção quando um dos suspeitos tentou negociar a venda da criança a uma terceira família em Turim, o que levou a polícia a intervir. Documentos apreendidos indicam que o grupo planejava lucrar milhares de euros com a transação. A travessia pelo Mediterrâneo, uma rota conhecida pelo tráfico de migrantes, foi feita em um pequeno barco a partir da costa marroquina, segundo fontes policiais citadas pela imprensa italiana. A bebê foi escondida na sacola para evitar a detecção por autoridades marítimas, um método que reflete a brutalidade do crime.
A promotoria de Turim abriu um inquérito por tráfico humano e maus-tratos, enquanto a polícia colabora com a Interpol e as autoridades marroquinas para rastrear a origem da criança e esclarecer os detalhes da entrega inicial. Organizações de direitos humanos, como a Save the Children Italia, expressaram indignação, destacando que o caso é um exemplo extremo das vulnerabilidades enfrentadas por menores no contexto da migração irregular. O incidente também reacende o debate sobre a segurança nas rotas do Mediterrâneo, onde mais de 400 mortes foram registradas em 2025, segundo a ONU.