Em um incidente recente no centro de Toronto, no Canadá, um grupo de muçulmanos bloqueou uma das vias mais movimentadas da cidade para realizar suas orações, provocando reações de frustração entre os moradores locais. O evento, que ocorreu em março de 2025, foi marcado por cidadãos canadenses que passaram pelo local e expressaram descontentamento, classificando a atitude como “não canadense”. A cena reacendeu discussões sobre o uso do espaço público e a convivência cultural em uma das maiores metrópoles do país.
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Toronto, conhecida por sua diversidade e por abrigar mais de 100 mesquitas, tem uma população muçulmana significativa, estimada em cerca de 10% dos seus 2,8 milhões de habitantes, segundo dados do censo canadense. Apesar da abundância de locais de culto, o grupo optou por se reunir na rua, interrompendo o fluxo de veículos e pedestres em uma área crítica da cidade.
O Canadá é reconhecido mundialmente por sua política multiculturalista, adotada oficialmente desde os anos 1970, que incentiva a preservação das identidades culturais dos imigrantes. Contudo, episódios como esse em Toronto expõem os desafios de harmonizar práticas tradicionais com as expectativas de uma população urbana diversificada. Enquanto alguns defendem o direito à expressão religiosa, outros apontam que tais atos, quando realizados em espaços compartilhados, podem ser vistos como uma imposição inconveniente, especialmente em um país onde a pontualidade e a funcionalidade são amplamente valorizadas.