Haider Ali, um estudante paquistanês de 31 anos, foi condenado por atacar sexualmente duas mulheres em Stockton, Inglaterra, na mesma noite, entre 7 e 8 de setembro de 2024. O caso, julgado no Tribunal da Coroa de Teesside, resultou em uma sentença de 12 anos de prisão em 17 de março de 2025, após um veredicto unânime de culpa por três acusações de estupro. Os ataques ocorreram em um intervalo de poucas horas, com Ali sendo descrito como um “predador sexual” que rondou as ruas da cidade em busca de vítimas.
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O primeiro incidente aconteceu perto de Yarm Road, onde Ali abordou uma mulher, elogiando-a com frases como “você é adorável” e expressando desejo de “abraçá-la” e “beijá-la”, antes de empurrá-la contra o chão ao lado de um prédio abandonado e estuprá-la duas vezes. O ataque durou cerca de uma hora, e imagens de câmeras de segurança capturaram Ali fugindo do local. Pouco depois, na madrugada de 8 de setembro, ele atacou uma segunda mulher em Spring Street, a cerca de um quilômetro dali. Essa vítima, uma trabalhadora sexual grávida, relatou que Ali a agarrou e a estuprou, apesar de suas repetidas recusas e ameaças de chamar a polícia. Ele chegou a implorar de joelhos para que ela não fizesse a denúncia antes de fugir novamente.
Ali, que residia em Ayresome Street, Middlesbrough, chegou ao Reino Unido em janeiro de 2024 com um visto de estudante para cursar programação de jogos de computador na Universidade de Teesside. Após terminar um turno em uma pizzaria de seu irmão em Stockton, ele dirigiu-se à área de Yarm Road, conhecida por atividades de prostituição, com a intenção de encontrar vítimas. Preso em 10 de setembro, dois dias após os ataques, ele tentou evitar a identificação ao raspar a barba, mas foi reconhecido graças a um apelo público da Cleveland Police com sua foto. Durante o julgamento, Ali alegou que os encontros foram consensuais e que as mulheres mentiram por não terem sido pagas, uma defesa rejeitada pelo júri.
O juiz Richard Clews classificou Ali como um “criminoso perigoso” com uma “sensação de direito” em relação ao sexo, destacando a gravidade dos crimes. As vítimas receberam apoio de oficiais especializados e foram elogiadas por sua coragem, que ajudou a tirar Ali das ruas. O caso gerou debates sobre segurança pública e imigração, com a polícia reforçando que não tolerará violência contra mulheres, enquanto a sentença reflete o compromisso do sistema judiciário britânico em punir tais atos.