Em um caso que intensificou as tensões diplomáticas entre China e Canadá, o governo chinês executou quatro cidadãos canadenses em 2025, acusados de crimes relacionados a drogas. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do Canadá em 19 de março de 2025, com a ministra Mélanie Joly expressando forte condenação ao ato. Os indivíduos, todos com dupla cidadania sino-canadense, foram mortos em datas recentes, mas não especificadas, após processos judiciais que Pequim afirma terem sido conduzidos em conformidade com suas leis.
Os quatro canadenses enfrentavam acusações de envolvimento com tráfico de drogas, um delito que a China pune com extrema severidade. O país mantém uma política de “tolerância zero” para crimes dessa natureza, aplicando a pena de morte com frequência. Um comunicado da embaixada chinesa em Ottawa defendeu as execuções, afirmando que as provas contra os acusados eram “sólidas e suficientes” e que seus direitos foram “plenamente garantidos” durante o processo. A China, que não reconhece dupla cidadania, considera os indivíduos como cidadãos chineses, o que limita a assistência consular oferecida pelo Canadá.
A execução dos quatro cidadãos reacendeu preocupações sobre a segurança de canadenses na China, onde cerca de 100 estão detidos, muitos por acusações relacionadas a drogas. Enquanto o Canadá busca proteger seus cidadãos e promover valores como a abolição da pena capital, a postura rígida da China evidencia um contraste profundo entre os dois sistemas, sugerindo que gestos de reconciliação ainda estão distantes.