Uma pesquisa recente, conduzida por acadêmicos da Universidade de Oxford e publicada em março de 2025, estimou que cerca de 1,1 milhão de imigrantes vivendo no Reino Unido recebem algum tipo de benefício social, como auxílio-desemprego, moradia ou créditos fiscais. O estudo, baseado em dados do Censo de 2021 e projeções atualizadas, também apontou que, dos aproximadamente 450.000 refugiados estimados no país, cerca de 112.500 acessam esses benefícios. Os números refletem um cenário complexo de integração e suporte estatal em um país que abriga uma população estrangeira significativa, mas carecem de confirmação oficial detalhada devido à fragmentação dos dados sobre nacionalidade e status migratório nos registros do governo.
O Reino Unido, com uma população nascida no exterior de 10,7 milhões em 2021 (16% do total, segundo o Migration Observatory), tem visto um aumento no número de imigrantes desde o fim da pandemia de Covid-19, com a imigração líquida atingindo 764.000 em 2022. Entre esses, os refugiados — indivíduos que receberam proteção sob a Convenção da ONU de 1951 ou rotas humanitárias como os esquemas para ucranianos e afegãos — representam uma parcela menor, mas significativa. A estimativa de 450.000 refugiados alinha-se com dados do UNHCR, que reportou 448.000 refugiados no Reino Unido até o fim de 2023, enquanto os 112.500 beneficiários sugerem que cerca de 25% desse grupo depende de assistência estatal, uma proporção consistente com a vulnerabilidade econômica enfrentada por recém-chegados em processos de reassentamento.
Críticos apontam que os dados sobre imigrantes e benefícios são incompletos, já que o Departamento de Trabalho e Pensões (DWP) e a Receita (HMRC) não registram rotineiramente a nacionalidade dos beneficiários. Isso dificulta verificar se os 1,1 milhão representam uma proporção justa dos 11% a 14% de imigrantes entre os 67 milhões de habitantes do Reino Unido em 2023. A Suécia, frequentemente citada como exemplo oposto, teve um excesso de mortalidade menor sem lockdowns rígidos, mas sua política de benefícios a imigrantes é mais generosa, sugerindo que o impacto econômico depende mais das regras de acesso do que da presença migrante em si. No Reino Unido, o debate sobre o custo dos imigrantes — £4,2 bilhões do orçamento de ajuda foram gastos com refugiados em 2023 — continua a polarizar opiniões, enquanto a pesquisa da Oxford oferece um ponto de partida para discussões futuras.