No dia 18 de março de 2025, Israel lançou uma série de ataques aéreos coordenados contra alvos no Líbano, na Síria e na Faixa de Gaza, com respaldo declarado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Simultaneamente, forças americanas conduziram uma operação militar no Iêmen, eliminando líderes de grupos como o Estado Islâmico (ISIS), os Houthis e supostos afiliados do Hamas, em uma escalada significativa das tensões no Oriente Médio. Os eventos, confirmados por fontes militares de ambos os países, refletem uma abordagem conjunta para neutralizar ameaças percebidas na região, em meio a um conflito que já se estende por múltiplas frentes.
No Líbano, a Força Aérea Israelense (IAF) atingiu posições do Hezbollah em Beirute e no sul do país, visando depósitos de armas e infraestrutura militar. O Ministério da Saúde libanês reportou pelo menos 15 mortos e 62 feridos, enquanto a IDF justificou os ataques como uma resposta a disparos de foguetes contra o norte de Israel. Na Síria, bombardeios israelenses focaram em instalações próximas a Damasco e na fronteira libanesa, matando cinco pessoas, incluindo dois membros da Guarda Revolucionária Iraniana, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Em Gaza, a operação visou túneis e esconderijos do Hamas, resultando em 12 mortes, conforme o Ministério da Saúde local, após o grupo recusar novas negociações para libertar reféns.
Enquanto isso, os Estados Unidos executaram ataques aéreos no Iêmen, utilizando bombardeiros B-2 Spirit e drones Reaper contra alvos em Sanaa e Saada, controladas pelos Houthis. O Pentágono confirmou a morte de pelo menos três líderes Houthis, dois do ISIS e um suposto operativo do Hamas, que estaria coordenando atividades entre os grupos. A operação, que deixou 19 civis mortos e 20 feridos segundo o Ministério da Saúde Houthi, foi ordenada por Trump como parte de uma campanha para restaurar a “liberdade de navegação” no Mar Vermelho, após ataques Houthis a navios comerciais. O presidente americano declarou no Truth Social que “o inferno cairá sobre qualquer um que ameace os EUA”, alertando o Irã, principal apoiador dos Houthis, para cessar seu suporte ao grupo.
O apoio explícito de Trump a Israel foi reiterado em uma ligação com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no mesmo dia, na qual ele teria endossado a intensificação das operações contra o “Eixo da Resistência” — formado por Hamas, Hezbollah, Houthis e milícias apoiadas pelo Irã na Síria. A Casa Branca confirmou que os EUA forneceram inteligência e assistência logística aos ataques israelenses, além de suspender restrições anteriores ao envio de bombas guiadas, uma medida herdada do governo Biden. O Irã respondeu com advertências de retaliação, com o general Hossein Salami prometendo uma “resposta dolorosa” caso os ataques persistam.