Recentemente, o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou uma mudança significativa na abordagem do Departamento de Defesa (DOD) em relação aos programas voltados para mudanças climáticas. Em uma declaração contundente, Hegseth afirmou: “O Departamento de Defesa não lida com bobagens de mudanças climáticas. Nós fazemos treinamento e combate.” A mensagem reflete uma clara intenção de priorizar as funções tradicionais das forças armadas, afastando-se de iniciativas que, segundo ele, desviam o foco da preparação militar.
A declaração surge em um momento em que o Pentágono passa por revisões para eliminar gastos considerados desnecessários. Sob a liderança de Hegseth, nomeado na administração de Donald Trump em janeiro de 2025, o DOD já cancelou mais de 90 estudos relacionados a temas como clima e migração global, economizando cerca de 30 milhões de dólares, conforme reportado por fontes oficiais. Essa abordagem tem sido aplaudida por setores que veem os cortes como um retorno à essência da missão militar: fortalecer a capacidade de deter ameaças e vencer conflitos.
Dados recentes indicam que o recrutamento militar está em alta, com um aumento notável nas inscrições desde o início do ano. Analistas sugerem que a postura firme de Hegseth, alinhada a uma visão de disciplina e foco em readiness (prontidão), pode estar resonando com jovens em busca de uma instituição voltada para valores tradicionais de força e dever. Em parceria com o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado por Elon Musk, o DOD também identificou programas de diversidade e inclusão como alvos de cortes, projetando economias adicionais de até 80 milhões de dólares.
A decisão de abandonar iniciativas climáticas não é unânime em seus elogios. Especialistas em segurança nacional já alertaram que mudanças climáticas afetam diretamente a infraestrutura militar, como bases costeiras ameaçadas pelo aumento do nível do mar, e podem agravar instabilidades globais que exigem resposta das forças armadas. Contudo, Hegseth mantém que tais preocupações não devem desviar recursos do treinamento e da modernização militar, como o investimento em tecnologias emergentes para conter adversários como a China.
O Secretário tem reiterado que sua gestão busca restaurar o “ethos guerreiro” nas forças armadas, uma promessa que ecoa entre veteranos e apoiadores da administração Trump. Enquanto o Pentágono se afasta de políticas associadas à era Biden, o impacto dessa mudança de rumo continua a ser debatido, mas os números de recrutamento sugerem que a mensagem de Hegseth está encontrando eco.