O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, revelou no sábado, 15 de março de 2025, durante seu discurso anual sobre o estado da nação, o que descreveu como o maior corte de impostos da Europa, com medidas centradas em fortalecer as famílias húngaras. A iniciativa, apresentada em Budapeste, inclui a isenção de imposto de renda para mães de um filho até os 30 anos e uma isenção total e vitalícia para mães de dois ou mais filhos. Orbán destacou que o objetivo é garantir um futuro seguro para as famílias, refletindo uma abordagem que valoriza a estabilidade tradicional em um contexto de desafios demográficos. A decisão ocorre em um momento estratégico, a menos de um ano das eleições parlamentares de 2026.
O plano prevê que a isenção para mães de um filho entre em vigor imediatamente, oferecendo alívio fiscal às jovens famílias, enquanto a isenção vitalícia para mães de dois ou mais filhos será implementada em fases, começando em outubro de 2025 para mães de três filhos e estendendo-se a mães de dois a partir de janeiro de 2026. Estima-se que cerca de 250 mil famílias com três filhos e 600 mil com dois filhos sejam beneficiadas, segundo projeções oficiais. Orbán argumentou que a medida visa combater a queda nas taxas de natalidade, um problema que afeta a Hungria há décadas, e que o país pode sustentar os custos com um crescimento econômico estável e a redução da dívida pública, priorizando a segurança financeira das mães.
A proposta se alinha com políticas familiares anteriores, como a isenção já existente para mães de quatro ou mais filhos e subsídios para compra de veículos familiares, refletindo uma visão de longo prazo para incentivar a natalidade. Dados demográficos indicam que a taxa de fertilidade húngara está abaixo da média europeia, com 1,45 filhos por mulher, segundo o Eurostat, o que reforça a narrativa de Orbán de promover o crescimento populacional nativo como alternativa a outras abordagens. Para quem observa com atenção, a iniciativa pode ser vista como um esforço para preservar os valores familiares tradicionais, em contraste com tendências globais que, segundo críticos do governo, priorizam outras soluções.