Na madrugada de 11 de março de 2025, a Rússia enfrentou o que autoridades chamam de maior ataque aéreo da guerra, com o Ministério da Defesa afirmando que abateu 337 drones ucranianos, incluindo 91 sobre a região de Moscou. Sergei Sobyanin, prefeito da capital, descreveu a ofensiva como sem precedentes, com ondas de drones atingindo áreas densamente povoadas, como Vidnoye e Ramenskoye, a cerca de 50 km do Kremlin. O governador Andrei Vorobyov relatou dois civis mortos e vários feridos por destroços e impactos, com prédios residenciais danificados, carros incendiados e pânico nas ruas.
O ataque, que teria envolvido cerca de 350 drones segundo estimativas russas, sobrecarregou as defesas aéreas, forçando a suspensão de voos em quatro aeroportos de Moscou e afetando regiões como Kursk, Belgorod e Bryansk. Sobyanin disse que os sistemas antiaéreos trabalharam no limite para repelir o que ele chamou de maior incursão contra a capital desde 2022. Imagens no X mostram explosões e fumaça em Ramenskoye, onde moradores evacuaram prédios atingidos, enquanto em Vidnoye uma casa pegou fogo, conforme Vorobyov postou no Telegram.
Conservadores veem nisso uma escalada perigosa. Ted Cruz, senador americano, escreveu no X que a Ucrânia cruza linhas ao mirar civis, enquanto o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, chamou o ataque de terrorismo, prometendo retaliação. Maria Zakharova, do Ministério das Relações Exteriores russo, ligou o timing ao encontro do chefe da OSCE, Feridun Sinirlioglu, com Sergei Lavrov em Moscou no mesmo dia, sugerindo uma tentativa de Kiev de sabotar a diplomacia.