O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou em 10 de março de 2025 que 5.200 programas da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) serão encerrados após uma revisão de seis semanas conduzida pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado por Elon Musk. Dos cerca de 6.200 contratos existentes, apenas 1.000 serão mantidos e transferidos para administração direta do Departamento de Estado. Rubio afirmou em um post no X que a medida economizará dezenas de bilhões de dólares, cortando gastos que, segundo ele, não serviam aos interesses nacionais americanos e, em alguns casos, até os prejudicavam.
A decisão reflete a agenda “America First” do governo de Donald Trump, que ordenou uma pausa de 90 dias em todos os programas de assistência estrangeira logo após tomar posse em 20 de janeiro de 2025. Rubio agradeceu ao DOGE e à equipe do Departamento de Estado pelo trabalho intenso, chamando a reforma de histórica e necessária. Musk respondeu ao anúncio no X, dizendo que a medida foi dura, mas essencial, e que as partes importantes da USAID sempre deveriam ter estado sob o comando do Departamento de Estado.
A USAID, criada em 1961 para promover ajuda humanitária e desenvolvimento global, gerenciava cerca de US$ 40 bilhões anuais em mais de 160 países. Conservadores como Ted Cruz, senador republicano, celebraram a iniciativa no X, chamando-a de um golpe contra desperdícios globalistas. No entanto, a reação não foi unânime. Mais de 700 diplomatas americanos assinaram uma carta ao Departamento de Estado, segundo a Reuters, alertando que o desmantelamento da agência enfraquece a segurança nacional e abre espaço para rivais como China e Rússia. O senador Bernie Sanders também criticou os cortes, prevendo milhões de mortes evitáveis.
Entre os programas cortados, estão alguns que o governo considerava desalinhados, como US$ 6 milhões para turismo no Egito e US$ 2,5 milhões para veículos elétricos no Vietnã, citados pela Casa Branca em fevereiro. Apesar disso, Rubio não detalhou quais dos 1.000 programas restantes foram poupados, apenas garantindo que serão geridos com mais eficiência. O processo enfrenta desafios legais, com juízes federais ordenando o pagamento de quase US$ 2 bilhões em dívidas pendentes da USAID, conforme reportado pela PBS, mas sem determinar a retomada total dos contratos.