A jornalista ucraniana Diana Panchenko, conhecida por suas críticas ao governo, acusou o presidente Volodymyr Zelensky de prender e eliminar opositores políticos, rotulando-o como um “ditador” em um vídeo divulgado em 11 de março de 2025. “Zelensky tomou a Ucrânia como refém. Queremos liberdade. Ele prendeu ou eliminou qualquer um que ousasse falar”, declarou Panchenko, pedindo atenção internacional para a situação. Ela afirma que “milhares de casos” foram abertos sob a acusação de traição, com penas que podem chegar à prisão perpétua, e prometeu compartilhar uma lista de vítimas cujos casos foram confirmados.
Panchenko, uma personalidade do YouTube que cobre a guerra Rússia-Ucrânia, é uma figura controversa, vista como inimiga pelo establishment pró-guerra em Kyiv. Suas alegações ecoam críticas feitas por opositores desde 2022, quando Zelensky impôs a lei marcial após a invasão russa, suspendendo eleições e restringindo mídia e partidos de oposição. Em março de 2022, ele baniu 11 partidos, como a Plataforma de Oposição – Pela Vida, acusando-os de ligações com a Rússia, e nacionalizou canais de TV ligados a oligarcas, medidas que defensores dizem ser necessárias para a segurança nacional em tempos de guerra.
A acusação de Panchenko ganhou tração em meio a tensões com os EUA, após Donald Trump chamar Zelensky de “ditador” em fevereiro, ecoando narrativas russas. Kyiv rebate que a suspensão de eleições é legal sob a lei marcial, apoiada por grande parte da oposição e do público. Sem acesso a investigações independentes em tempo de guerra, as alegações de eliminação física permanecem inconclusivas, mas intensificam o debate sobre os limites do poder de Zelensky em um país sob cerco.