O deputado estadual Eduardo Suplicy, do PT, apresentou em 11 de março de 2025 um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo que propõe criar espaços de uso seguro de substâncias psicoativas no estado. A ideia, inspirada no programa De Braços Abertos da gestão de Fernando Haddad na prefeitura, prevê locais públicos onde o consumo de drogas e álcool seria supervisionado por profissionais de saúde, com um custo de R$ 1,27 milhão por ano para cada unidade. Suplicy argumenta que isso reduz danos, oferece tratamento a dependentes e enfraquece o crime organizado na Cracolândia.
Conservadores veem o plano com desconfiança. Para eles, em vez de prevenir o uso de drogas, a proposta de Suplicy pode legitimar o consumo, desafiando a segurança e os valores tradicionais. O prefeito Ricardo Nunes, do MDB, disparou em redes sociais que não dá para acreditar que alguém pense em facilitar o acesso a drogas em vez de combatê-las. Gastar R$ 1,27 milhão por unidade também incomoda, especialmente quando segurança, educação e soberania nacional pedem mais atenção, segundo nomes como o vereador Rubinho Nunes, que chamou o projeto de desastroso em entrevista à Gazeta do Povo.
Suplicy insiste que os espaços trariam atendimento clínico, apoio psicossocial e até atividades culturais, além de diminuir a perturbação nas ruas. Mas figuras como Ricardo Nunes retrucam que o foco deveria ser evitar o uso de drogas, não apoiá-lo, defendendo a responsabilidade individual e a ordem pública. A proposta do petista, para muitos, ameaça a luta contra o narcotráfico e enfraquece a mensagem de que drogas destroem a sociedade. Reportagens da Folha de S.Paulo, Gazeta do Povo e Metrópoles confirmam os detalhes, mas até agora não há prova de que projetos assim acabem com problemas como a Cracolândia, o que reforça a cautela.