Relatos alarmantes emergiram da Síria indicando que centenas de civis, incluindo crianças, teriam sido mortos por militantes do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), grupo liderado por Ahmed al-Sharaa, que assumiu o controle do país após a queda de Bashar al-Assad em dezembro de 2024. A informação, amplamente discutida em posts no X e reportada por fontes como o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), aponta que os ataques ocorreram na região costeira de Latakia entre 6 e 8 de março de 2025, com um saldo de pelo menos 532 vítimas alauitas, minoria religiosa historicamente ligada ao antigo regime. Vídeos gráficos circulando nas redes sociais, exibindo corpos empilhados e cenas de desespero, têm chocado a comunidade internacional.
Os ataques teriam sido motivados por tensões sectárias, com o HTS e seus aliados visando comunidades alauitas sob o pretexto de perseguir remanescentes leais a Assad. Testemunhas citadas pela AFP relataram execuções sumárias, saques de propriedades e até a queima de corpos, enquanto o governo interino liderado por al-Sharaa enfrenta críticas por não conter a violência. Em um discurso em 7 de março, al-Sharaa pediu que insurgentes depusessem as armas, mas a escalada dos conflitos sugere uma perda de controle sobre as facções radicais que operam sob seu comando. A França condenou as atrocidades, e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha solicitou acesso seguro para equipes de resgate.
A situação expõe a fragilidade do novo governo sírio, que, apesar de promessas de inclusão, parece incapaz de frear os excessos de seus próprios combatentes. O HTS, designado como organização terrorista pela ONU e por países como os EUA, mantém raízes na Al-Qaeda, e sua ascensão ao poder levanta temores sobre a segurança das minorias e a estabilidade do país. Para aqueles que defendem a soberania nacional e a proteção das populações vulneráveis, o cenário é um alerta sobre os riscos de confiar em grupos com históricos de brutalidade para liderar uma nação em reconstrução.