O presidente Donald Trump assinou, em 6 de março de 2025, uma ordem executiva que suspende as autorizações de segurança de funcionários da Perkins Coie, um renomado escritório de advocacia acusado de desempenhar um papel central no que Trump chama de “farsa russa” durante a campanha presidencial de 2016. “É uma honra absoluta assinar”, declarou o presidente no Salão Oval, ao formalizar a medida que também restringe o acesso da firma a prédios e contratos federais. A decisão é vista como um acerto de contas com adversários políticos e reflete a determinação de Trump em combater o que ele descreve como “armação contra um oponente político”.
A Perkins Coie entrou na mira de Trump por ter contratado a Fusion GPS em 2016, a pedido da campanha de Hillary Clinton e do Comitê Nacional Democrata. A Fusion GPS, por sua vez, encomendou o infame “Dossiê Steele” ao ex-espião britânico Christopher Steele, que alegava laços comprometedores entre Trump e a Rússia. Embora o relatório tenha circulado amplamente e alimentado investigações, incluindo a do FBI, suas alegações foram amplamente desacreditadas, com o relatório de 2023 do procurador especial John Durham apontando que o FBI não conseguiu verificar “uma única alegação substantiva”. Para Trump e seus aliados, a ação da Perkins Coie simboliza uma tentativa de manipular a eleição, justificando a retaliação atual.
A ordem executiva vai além da suspensão de autorizações de segurança. Ela instrui agências federais a encerrar contratos com a Perkins Coie e proíbe a contratação de seus funcionários, salvo exceções aprovadas. O texto também critica as práticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) da firma, alinhando-se à agenda de Trump de combater políticas que ele considera discriminatórias. Veículos como o Fox News e o Daily Mail destacam que a medida é parte de uma ofensiva mais ampla contra entidades percebidas como inimigas, incluindo a revogação de autorizações de outros envolvidos em investigações passadas contra Trump.