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Polônia Reforça Sua Defesa com Novo Pacote de USD 7,7 Bilhões e Lidera Gastos na OTAN

A Polônia acaba de dar um passo ousado para fortalecer ainda mais suas forças armadas, anunciando um novo pacote de defesa que injetará USD 7,7 bilhões adicionais no orçamento militar. O movimento, revelado em 5 de março de 2025, deve elevar os gastos militares poloneses em 2026 para mais de 5% do PIB, consolidando o país como o maior investidor em defesa entre os membros da OTAN, superando até mesmo os Estados Unidos em termos proporcionais. Em um cenário de tensões crescentes na Europa Oriental, essa decisão reflete a determinação de Varsóvia em se posicionar como um pilar de segurança no flanco leste da aliança.

O aumento vem na esteira de uma trajetória já impressionante. Em 2024, a Polônia destinou 4,1% de seu PIB à defesa, o maior percentual entre os 32 países da OTAN, segundo dados da própria aliança. Para 2025, o governo já havia prometido alcançar 4,7%, mas o novo pacote sinaliza uma ambição ainda maior. Fontes do governo indicam que o investimento extra será direcionado à modernização das Forças Armadas Polonesas, com foco em aquisições de equipamentos avançados, como tanques Abrams, caças F-35 e sistemas de defesa aérea Patriot, além de ampliar o efetivo militar para 300 mil soldados. Esse esforço é parte de uma resposta direta às ameaças percebidas de Rússia e Belarus, especialmente após a invasão da Ucrânia em 2022.

A estratégia polonesa contrasta com a relutância de outros membros da OTAN em cumprir a meta mínima de 2% do PIB em gastos militares. Enquanto países como Canadá planejam atingir esse patamar apenas em 2032, a Polônia já ultrapassa o dobro disso, destacando-se como exemplo de comprometimento. O presidente Andrzej Duda, em discurso recente, enfatizou a necessidade de uma aliança mais robusta, propondo até que o limite da OTAN suba para 3% do PIB — uma meta que Varsóvia já deixou no retrovisor. “Não vivemos mais em uma paz pós-Guerra Fria”, declarou o ministro das Relações Exteriores, Radoslaw Sikorski, ao justificar o aumento.

O impacto desse pacote vai além das fronteiras polonesas. Com um orçamento militar que pode ultrapassar 32 bilhões de euros em 2026, a Polônia não só fortalece sua própria defesa, mas também pressiona aliados a seguirem o exemplo. O país já é o quinto maior gastador absoluto na OTAN, atrás apenas de potências como EUA, Reino Unido, França e Alemanha, mas sua proporção em relação ao PIB é imbatível. A aquisição de armamentos de ponta, muitos fornecidos por parceiros como EUA e Coreia do Sul, também estimula a economia local, com empresas como a PZL-Świdnik expandindo linhas de produção de helicópteros AW149.

A decisão, porém, não está isenta de desafios. Críticos apontam que o ritmo acelerado de gastos pode pressionar as finanças públicas, especialmente diante de déficits projetados de USD 10 bilhões em 2025. Ainda assim, o governo de Donald Tusk mantém que a segurança nacional é inegociável, uma visão amplamente apoiada pela população, que vê na Rússia uma ameaça real. Enquanto outras nações debatem o custo da defesa, a Polônia avança, solidificando seu papel como líder militar na Europa e exemplo de quem não apenas fala, mas age.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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