O Aeroporto Regional Francisco de Matos Pereira, em Dourados, está próximo de retomar os voos comerciais após anos de interrupção. Em 27 de fevereiro de 2025, a cabeceira 24 da pista foi aprovada pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), marcando um avanço crucial. Agora, a pista aguarda a homologação do sistema PAPI (Indicador de Trajetória de Aproximação de Precisão) pela publicação de uma portaria oficial, enquanto a cabeceira 06 já opera para aeronaves particulares de grande porte desde janeiro. O próximo passo é a certificação da Estação Prestadora de Serviços de Tráfego Aéreo (EPTA), essencial para comunicação via rádio e operações comerciais.
O prefeito Marçal Filho, que vistoriou a pista no dia 27, destacou a rapidez em resolver pendências históricas desde que assumiu, em 1º de janeiro de 2025. “Em menos de dois meses, enfrentamos problemas que se arrastavam há anos”, afirmou. Desde o final de 2024, a gestão do aeroporto está sob a Infraero, que trabalha com a prefeitura para cumprir exigências burocráticas. Juliano Domingos, assessor especial do aeroporto, reforçou a importância da sala EPTA, que integra rádio e estação meteorológica, para garantir segurança às companhias aéreas.
Paralelamente, o Governo do Estado prepara a licitação do novo terminal de passageiros para março de 2025, incluída no Novo PAC com cerca de 3 mil metros quadrados. O projeto prevê lanchonete, lojas e uma seção contra incêndio, modernizando a infraestrutura sem interromper as operações da pista, que devem começar assim que homologada. Marçal Filho vê o terminal como um reforço ao papel de Dourados como polo logístico e de conectividade no Mato Grosso do Sul.
O prefeito já negocia com companhias aéreas para definir rotas. Em janeiro, em São Paulo, ao lado do deputado Beto Pereira, ele obteve da Azul a garantia de retorno assim que a Anac liberar a pista. Em março, reuniões com a Gol e outras empresas estão previstas, sinalizando um esforço conjunto com autoridades da aviação civil para reativar o aeroporto, fechado desde maio de 2021 para reformas conduzidas pelo Exército.