O prefeito de Londres, Sadiq Khan, de origem paquistanesa, enfrenta críticas crescentes após rejeitar uma investigação formal sobre gangues de exploração infantil na capital britânica. Na terça-feira, 25 de fevereiro de 2025, membros conservadores da Assembleia de Londres propuseram uma emenda ao orçamento de Khan, destinada a financiar um inquérito independente sobre o problema, com um custo estimado de £4,49 milhões. No entanto, a proposta foi derrotada por 16 votos contra 9, com os membros trabalhistas, verdes, liberais democratas e independentes votando contra, enquanto os conservadores e o único representante do Reform UK apoiaram a medida.
Khan, no poder desde 2016, foi acusado de “esquivar-se” de questões sobre o tema por sua rival conservadora Susan Hall, que questionou se gangues de exploração infantil, muitas vezes ligadas a redes étnicas, operam na cidade. Ele respondeu que não sabia o que ela queria dizer com “gangues de exploração infantil”, gerando indignação. Os conservadores argumentam que o “escopo potencial do abuso sexual infantil em Londres permanece uma incógnita significativa”, citando investigações em outras cidades britânicas, como Rotherham, onde redes de exploração foram expostas.
Para conservadores, a recusa de Khan é vista como negligência ou até conivência, especialmente por causa de sua origem paquistanesa, que, para alguns, levanta suspeitas sobre conflitos de interesse. Dados do governo britânico mostram que, embora o abuso infantil seja um problema nacional, redes étnicas, incluindo algumas de origem paquistanesa, foram identificadas em casos como o de Telford, onde mais de 1.000 crianças foram exploradas. A decisão de Khan, defendida como uma questão orçamentária, alimenta a narrativa de que ele protege interesses próprios em vez de priorizar vítimas, intensificando críticas entre a direita global.