Na Ucrânia, um vídeo viral no X, postado em 24 de fevereiro de 2025, mostrou soldados do Centro Territorial de Recrutamento (TCC) abordando e forçando um homem que pedalava de bicicleta a se alistar para o serviço militar, em meio à guerra contra a Rússia. O incidente, ocorrido em uma rua de Kiev, gerou indignação e reacendeu debates sobre as práticas coercitivas de recrutamento no país, que enfrentam resistência popular desde 2022. Para conservadores brasileiros, que valorizam liberdade individual, o caso é um alerta sobre os limites do estado em tempos de guerra.
Quantas Vezes Isso Aconteceu Nos Últimos Anos?
Não há estatísticas exatas ou oficiais centralizadas sobre quantas vezes recrutamentos forçados como esse ocorreram na Ucrânia desde 2022, mas relatos e vídeos sugerem que são frequentes, especialmente após a intensificação da mobilização em 2024. Fontes como o BBC, Human Rights Watch e a Wikipedia sobre a “crise de conscrição ucraniana” indicam:
- Aumento desde 2023: Com a guerra se prolongando e baixas crescentes, o governo ucraniano baixou leis em abril de 2024 reduzindo a idade de alistamento de 27 para 25 anos e endurecendo o recrutamento. Isso levou a um aumento de abordagens públicas, com o TCC usando táticas como paradas em ruas, ônibus e até eventos públicos.
- Vídeos virais: Desde 2023, dezenas de vídeos no X e TikTok mostram confrontos entre recrutadores e cidadãos, com estimativas apontando centenas de incidentes anuais em áreas urbanas como Kiev, Kharkiv e Odesa. Um relatório do Royal United Services Institute (RUSI) em agosto de 2024 estimou que o TCC emitiu mais de 500 mil intimações desde 2022, muitas delas em abordagens forçadas.
- Resistência popular: A prática gerou protestos e fugas em massa, com pelo menos 30 mortes na fronteira ucraniana em tentativas de evasão, segundo o serviço de fronteira em 2024. O governo reconhece o problema, mas culpa a necessidade de manter o front contra a Rússia.
Embora não exista um número preciso, especialistas calculam que milhares de abordagens forçadas ocorreram nos últimos dois anos, com picos entre 2023 e 2024, à medida que a Ucrânia luta para manter suas forças.