O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, conhecido por sua postura incisiva e popularidade entre conservadores mundo afora, comentou recentemente sobre as eleições na Alemanha, realizadas em 23 de fevereiro de 2025. Segundo ele, o pleito registrou um comparecimento histórico, o maior desde a reunificação do país em 1990, com 80% dos alemães indo às urnas. Para Bukele, o resultado reflete uma vitória contundente do establishment, com a maioria optando por manter o status quo político.
Enquanto muitos observadores destacam o avanço da extrema-direita, como o partido AfD, que alcançou um marco ao ficar em segundo lugar, Bukele chama atenção para um ponto que considera intrigante: a força dos partidos tradicionais ainda prevaleceu. Para uma visão conservadora, como a que ressoa entre os brasileiros de direita, isso pode ser interpretado como um sinal de resistência das elites globalistas, que, mesmo diante de insatisfações populares, conseguiram mobilizar o eleitorado para preservar seu domínio.
O líder salvadorenho, que transformou seu país com políticas duras contra o crime e uma gestão centralizadora, sugere que há lições imediatas a tirar desse cenário. Talvez ele veja paralelos com sua própria experiência: a necessidade de um movimento disruptivo que vá além da retórica e realmente desafie as estruturas enraizadas. “Algumas lições agora, mas ainda mais por vir”, afirmou, indicando que o desenrolar dos eventos na Alemanha pode oferecer insights valiosos para líderes e cidadãos que buscam mudanças reais.
O resultado alemão, com a coalizão CDU/CSU de Friedrich Merz na liderança, mas sem maioria absoluta, reforça a ideia de que o establishment, apesar de abalado, mantém sua capacidade de adaptação. Para os conservadores brasileiros, que muitas vezes olham para figuras como Bukele como exemplo de liderança resoluta, o recado pode ser claro: vencer o sistema exige mais do que votos — exige estratégia e determinação.