O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a suspensão das linhas de financiamento rural do Plano Safra 2024/2025, uma decisão que está reverberando como um golpe duro no coração do agronegócio brasileiro. A medida, que entrou em vigor nesta sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025, interrompe novos contratos de crédito subsidiado, exceto para o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), sob a justificativa de falta de recursos orçamentários e aumento da taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano.
Para os conservadores e defensores do setor agropecuário, essa suspensão é mais um sinal do descaso do governo Lula com o campo, que sustenta grande parte da economia nacional. O Plano Safra, essencial para que produtores rurais financiem custeio, investimentos e expansão, foi apresentado como “o maior da história” em 2023, mas agora parece naufragar diante da alta dos juros e da demora na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 no Congresso. Sem esses recursos, médios e grandes agricultores ficam à mercê de taxas de mercado mais altas, o que pode encarecer a produção e impactar os preços dos alimentos.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) já criticou duramente a decisão, apontando que ela reflete a irresponsabilidade fiscal do governo e ameaça a segurança alimentar do país. Enquanto o Ministério da Fazenda busca respaldo no Tribunal de Contas da União (TCU) para retomar os financiamentos, o clima no setor é de incerteza e revolta, com produtores temendo prejuízos irreparáveis em um momento crucial do calendário agrícola.