Em meio às tensões contínuas entre a Ucrânia e a Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria ameaçado, em particular, retirar todas as tropas americanas da Europa caso a Ucrânia e a OTAN não concordem com o acordo de paz proposto por seu governo. Essa posição reflete uma mudança significativa na política externa dos EUA, priorizando negociações diretas com a Rússia e potencialmente marginalizando aliados europeus.
Durante a recente Conferência de Segurança de Munique, líderes europeus expressaram preocupação com a abordagem dos EUA, enfatizando a necessidade de incluir a Europa nas negociações de paz devido aos seus interesses de segurança na região. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, destacou que qualquer decisão sobre a Ucrânia deve envolver diretamente o país. No entanto, o enviado especial dos EUA, Keith Kellogg, indicou que a participação europeia direta nas negociações é improvável.
Além disso, Trump sugeriu que a Ucrânia ceda parte de seus direitos sobre reservas minerais em troca de apoio militar dos EUA, uma proposta que gerou críticas por possivelmente favorecer excessivamente a Rússia. O primeiro-ministro do Reino Unido, Sir Keir Starmer, reforçou a importância da cooperação robusta entre a Europa e os EUA no âmbito da OTAN.
Analistas apontam que a ameaça de retirada das tropas americanas da Europa pode desestabilizar a segurança regional e enfraquecer a posição da OTAN frente à agressão russa. A exclusão de aliados europeus das negociações e as concessões propostas à Rússia têm sido vistas como uma traição à Ucrânia e aos princípios de defesa coletiva que sustentam a aliança transatlântica.
A comunidade internacional aguarda os desdobramentos dessas negociações e as possíveis implicações para a segurança global e as relações entre os países ocidentais e a Rússia.