A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), criada em 1961 como braço humanitário do governo norte-americano, tornou-se uma das principais financiadoras de políticas progressistas ao redor do mundo. Anualmente, a instituição distribuía bilhões de dólares a entidades internacionais, destinando parte desses recursos a organizações não governamentais (ONGs) que promoviam pautas de esquerda, inclusive no Brasil.
No Brasil, diversas entidades privadas sem fins lucrativos foram beneficiadas por repasses da USAID. Entre elas, destacam-se:
- Instituto Igarapé: Focado em segurança pública e políticas de drogas, liderado por Ilona Szabó.
- Instituto Sou da Paz: Atua na prevenção da violência e controle de armas.
- Transparência Internacional: Promove ações contra a corrupção.
- Conectas Direitos Humanos: Defende direitos humanos e justiça social.
- Instituto Alana: Dedica-se a projetos relacionados à infância e consumo consciente.
Essas organizações, embora apresentem objetivos nobres, são frequentemente associadas a agendas alinhadas à esquerda política. A atuação da USAID no financiamento dessas entidades levanta questionamentos sobre a influência estrangeira em assuntos internos do Brasil e a promoção de pautas ideológicas específicas.
Em 2021, a USAID, em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), promoveu eventos destinados a combater a desinformação. Essas iniciativas ocorreram em um contexto de preparação para as eleições presidenciais de 2022, gerando debates sobre a imparcialidade e a real intenção por trás dessas ações.
Recentemente, Mike Benz, ex-chefe da divisão de informática do Departamento de Estado dos EUA, afirmou que a USAID desempenhou um papel significativo nas eleições brasileiras de 2022. Segundo ele, a agência financiou e coordenou uma ampla operação de censura e controle de informações no Brasil, com o objetivo de minar o apoio ao então presidente Jair Bolsonaro. Benz chegou a afirmar que, se a USAID não existisse, Bolsonaro ainda seria o presidente do Brasil e o país manteria uma internet livre e aberta.
Diante dessas revelações, parlamentares brasileiros estão articulando a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a possível interferência da USAID nas eleições de 2022. O objetivo é apurar se houve influência indevida da agência norte-americana no processo eleitoral que resultou na derrota de Bolsonaro.
A atuação da USAID no Brasil suscita debates sobre soberania nacional e a influência de entidades estrangeiras em políticas internas. Enquanto alguns defendem a importância da cooperação internacional para o desenvolvimento, outros alertam para os riscos de ingerência e promoção de agendas ideológicas que podem não refletir os interesses e valores da sociedade brasileira.
Fonte: RevistaOeste