A Universidade da Califórnia (UC) enfrenta uma ação judicial movida pelo grupo “Students Against Racial Discrimination”, que alega que a instituição favorece candidatos negros e latinos em detrimento de asiático-americanos e brancos nas admissões de graduação. A ação argumenta que essas práticas violam a Proposição 209, aprovada em 1996, que proíbe a consideração de raça em instituições públicas de ensino na Califórnia, além de infringir a 14ª Emenda da Constituição dos EUA e o Título VI da Lei dos Direitos Civis de 1964.
Os autores do processo afirmam que a UC utiliza um processo de revisão “holística” nas admissões, priorizando critérios subjetivos em vez de objetivos, o que resultaria na admissão de estudantes com credenciais acadêmicas inferiores devido à sua raça. Eles solicitam que a universidade pare de coletar informações raciais nos formulários de inscrição e que um monitor judicial seja designado para supervisionar o processo de admissão.
Em resposta, a UC declarou que, desde 1996, ajustou suas práticas de admissão para cumprir a lei e que coleta dados de raça e etnia apenas para fins estatísticos, sem utilizá-los nas decisões de admissão.