O escândalo envolvendo a ex-aluna de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), acusada de desviar R$ 1 milhão da comissão de formatura, ganhou um novo capítulo: apesar das denúncias, ela conseguiu obter seu registro profissional no Conselho Regional de Medicina (CRM) e poderá exercer a profissão.
O golpe da formatura e a impunidade
A estudante, que fazia parte da comissão organizadora da formatura, teria desviado valores arrecadados por colegas para custear a festa de conclusão do curso, deixando centenas de formandos no prejuízo. O caso gerou indignação e mobilizou ex-colegas que exigiam justiça, mas até agora, as consequências legais foram praticamente inexistentes.
Acesso ao CRM mesmo sob suspeita
Mesmo com o escândalo vindo à tona e o processo ainda em andamento, a ex-aluna não encontrou barreiras para obter seu registro médico. A decisão levanta questionamentos sobre os critérios éticos adotados pelo Conselho de Medicina e a falta de filtros mais rigorosos para impedir que indivíduos envolvidos em fraudes exerçam a profissão.
Revolta e descrença na justiça
O caso reacendeu debates sobre a impunidade e a complacência das instituições brasileiras. Enquanto cidadãos comuns enfrentam entraves burocráticos para trabalhar, uma pessoa que roubou dinheiro dos próprios colegas consegue, sem dificuldades, ingressar no mercado como médica.
O que esperar agora?
Diante da repercussão negativa, cresce a pressão para que o Conselho de Medicina e o Ministério Público tomem providências. No entanto, se nada for feito, o episódio servirá como mais um exemplo de que no Brasil, mesmo grandes fraudes podem não ter consequências reais.