Neste mês, o Comando Militar do Oeste (CMO) completa 39 anos de sua criação, celebrando uma trajetória marcante de contribuição para o desenvolvimento do Centro-Oeste e para o combate a crimes ambientais e transnacionais na faixa de fronteira de Mato Grosso do Sul. A atuação do CMO ao longo dos anos tem sido crucial para a segurança e preservação territorial do Estado, reforçando a cooperação entre as instituições militares e as forças de segurança locais.
Reconhecimento do Governo de Mato Grosso do Sul
Durante a solenidade realizada na sede do CMO, o governador Eduardo Riedel destacou a relevância das Forças Armadas, em especial do Comando Militar do Oeste, para a sociedade sul-mato-grossense. Ele ressaltou a importância da parceria em questões relacionadas à segurança pública, como as operações conjuntas na fronteira e na preservação ambiental.
“O CMO tem uma participação fundamental para o Mato Grosso do Sul, principalmente em relação à segurança, como vimos na recente Operação Pantanal. Foi uma colaboração crucial na preservação ambiental deste ano, além de sua contribuição na Operação Ágata, em conjunto com as nossas forças de segurança estaduais, resultando na apreensão de drogas e outros ilícitos”, afirmou Riedel.
Além disso, o governador, acompanhado pelo secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, salientou o papel do CMO na superação de desafios em parceria com o Estado, especialmente no combate ao crime organizado nas fronteiras.
Papel Histórico do CMO no Brasil
Em discurso dirigido à tropa, o comandante do CMO, general Luiz Fernando Estorrilho Baganha, ressaltou a relevância histórica do Comando Militar do Oeste na defesa territorial e na integridade nacional do Brasil. Segundo o general, o CMO carrega em sua trajetória o legado de proteger a fronteira ocidental do Brasil desde o século 18, quando fortificações como o Forte de Coimbra foram construídas para evitar invasões estrangeiras.
“As raízes do CMO se confundem com a história da ocupação do interior do Brasil. A fronteira ocidental esteve sob constante ameaça de invasões devido às riquezas naturais e à posição geográfica estratégica da região”, destacou o general. Ele também lembrou que o Forte de Coimbra, um dos símbolos dessa defesa, completará 250 anos em 2025, um marco importante para a história da instituição.
Atuação Internacional do CMO
Além de sua atuação na defesa interna, o CMO também se destacou em missões internacionais, como lembrou o general Baganha. Ele mencionou as operações de paz em Angola e no Haiti, onde militares do Comando contribuíram para a estabilização de países em crise. Sob a égide da ONU, o CMO tem preparado militares especializados em missões de paz, oferecendo suporte logístico e de engenharia em nações assoladas por conflitos internos.
A presença do CMO em missões internacionais ressalta a capacidade do Exército Brasileiro de atuar em cenários complexos, reforçando seu compromisso com a paz mundial. O general enfatizou que essas missões, além de fortalecerem a imagem do Brasil no cenário internacional, também trazem experiências valiosas para os militares que, ao retornarem, aplicam o conhecimento adquirido em benefício da segurança nacional.
O CMO na Defesa do Brasil
Com a responsabilidade de defender a extensa fronteira oeste do Brasil, o CMO continua a desempenhar um papel central na preservação da soberania nacional. Ao longo das últimas décadas, o Comando Militar do Oeste tem adaptado suas estratégias de atuação para enfrentar novas ameaças, como o tráfico de drogas e o contrabando, que afetam diretamente a segurança e a economia da região.
As operações realizadas pelo CMO, em conjunto com outras forças de segurança, têm sido fundamentais para desmantelar redes criminosas que atuam na fronteira. O combate efetivo ao crime transnacional demonstra a importância da integração entre as instituições militares e civis, garantindo maior segurança para a população e o desenvolvimento sustentável da região.
