Em mais um episódio que levanta questionamentos sobre seu comportamento público, o presidente Joe Biden, 81 anos, desafiou orientações de sua equipe ao chamar jovens meninas ao palco durante um evento na Casa Branca, na segunda-feira. Ao receber a equipe campeã da National Women’s Soccer League, Gotham FC, Biden admitiu que seus assessores tentam controlar algumas de suas ações, mas afirmou que não iria seguir essas instruções: “Eu vou fazer de qualquer jeito”, disse ele.
Um padrão preocupante: A controvérsia em torno das interações de Biden com jovens
Durante o evento realizado no Salão Leste da Casa Branca, Biden caminhou de mãos dadas com a jogadora Ali Krieger, 40 anos, e, em seguida, chamou as jovens presentes para se juntarem a ele no palco: “Todas as jovens e crianças que estão aí, venham e fiquem atrás de mim”, disse. Após uma breve pausa, ele completou: “E os rapazes também”. Enquanto conversava com as crianças, algumas de suas palavras foram inaudíveis, mas o presidente foi ouvido perguntando seus nomes.
O que chama a atenção é o motivo pelo qual a equipe de Biden tenta restringir essas interações. Desde sua vice-presidência, Biden acumulou polêmicas envolvendo contatos físicos inadequados em público, com toques e gestos desconfortáveis tanto em crianças quanto em mulheres adultas. O apelido pejorativo “Creepy Joe”, cunhado por adversários políticos, ganhou força após vídeos circularem mostrando tais comportamentos.
A promessa de mudança e o cenário atual
Em abril de 2019, após diversas mulheres relatarem desconforto com o contato físico não solicitado de Biden, o então futuro presidente prometeu ser “mais consciente sobre respeitar o espaço pessoal no futuro”. De fato, durante seu mandato, o número de vídeos constrangedores reduziu significativamente em relação à sua vice-presidência. No entanto, episódios como este reacendem a polêmica e colocam em dúvida a postura de Biden em eventos públicos.
Caminho para a aposentadoria? Os sinais de desgaste na liderança de Biden
Biden, que viajou para Nova York logo após o evento para participar das reuniões anuais da Assembleia Geral das Nações Unidas, tem demonstrado cada vez mais sinais de desgaste à medida que se aproxima do final de seu mandato. Apesar de prometer “terminar com força”, o presidente passou grande parte de seu tempo recente em férias, levantando especulações sobre sua capacidade de liderar o país efetivamente. Na última sexta-feira, durante uma reunião de gabinete, foi a primeira-dama, Jill Biden, quem falou mais do que o próprio presidente, um indício das limitações que muitos observam em sua gestão.
Com isso, a própria base democrata já tem expressado preocupação com a aptidão de Biden para liderar, considerando-o um nome enfraquecido para as eleições de 2024. Embora ele tenha prometido concluir seu mandato, o cenário político ao redor do presidente se torna cada vez mais incerto.