O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacendeu o debate sobre a relação entre os EUA e o Canadá ao afirmar, em 27 de maio de 2025, que o país vizinho está considerando tornar-se o 51º estado americano para obter proteção gratuita do ambicioso sistema de defesa antimísseis Golden Dome. Em uma postagem na plataforma Truth Social, Trump declarou: “Eu disse ao Canadá, que deseja muito fazer parte do nosso fabuloso sistema Golden Dome, que custará US$ 61 bilhões se permanecerem uma nação distinta, mas desigual, mas custará ZERO DÓLARES se tornarem nosso querido 51º estado. Eles estão considerando a oferta!” A proposta, amplamente noticiada por veículos como Reuters e National Post, reflete a visão de Trump de fortalecer a segurança da América do Norte, oferecendo uma solução inovadora para proteger ambos os países contra ameaças globais, ao mesmo tempo em que reforça a liderança americana em tecnologia de defesa e parcerias estratégicas.
O Golden Dome, anunciado por Trump em 20 de maio de 2025, é um projeto de defesa antimísseis inspirado no sistema Domo de Ferro de Israel, mas em escala muito maior. Com um custo estimado em US$ 175 bilhões, segundo o presidente, o sistema visa integrar sensores, mísseis interceptores baseados em terra e uma rede de centenas de satélites para bloquear ameaças balísticas, hipersônicas e de drones provenientes de países como China, Rússia, Irã e Coreia do Norte. O programa, liderado pelo general da Força Espacial dos EUA Michael Guetlein, promete estar operacional até o fim do mandato de Trump, em 2029, embora o Congressional Budget Office estime custos de até US$ 542 bilhões para componentes espaciais ao longo de 20 anos. A inclusão do Canadá no projeto é vista como estratégica, especialmente devido à sua localização geográfica, que, segundo o general aposentado Glen VanHerck, amplia as capacidades de alerta precoce contra ameaças vindas do Ártico.
A oferta de Trump ao Canadá reflete sua abordagem pragmática para fortalecer a segurança continental e reduzir custos para os americanos. Durante uma reunião com o primeiro-ministro canadense Mark Carney, em 6 de maio de 2025, Trump destacou a importância de parcerias militares, afirmando que o Canadá “está intensificando sua participação militar” e deseja se integrar ao Golden Dome, conforme noticiado pela Fox News. A proposta de anexação como 51º estado, embora controversa, é apresentada como uma alternativa econômica, eliminando os US$ 61 bilhões que o Canadá teria de pagar para se juntar ao sistema como nação independente. Trump argumenta que a integração total traria benefícios mútuos, incluindo cortes de impostos para os canadenses e acesso a serviços militares e de saúde de ponta, como ele mencionou em uma postagem anterior, em 6 de maio, segundo a CBC News.
Embora o governo de Carney tenha reiterado a soberania do Canadá, com o primeiro-ministro declarando que o país “nunca estará à venda,” Trump mantém a oferta em aberto, destacando-a como uma oportunidade para uma aliança mais forte. A retórica do presidente, que já incluiu comentários sobre reduzir déficits comerciais com o Canadá, reflete sua visão de uma América do Norte unificada sob a liderança dos EUA, capaz de enfrentar desafios globais com eficiência e força. A visita do rei Charles III ao Parlamento canadense no mesmo dia da postagem de Trump, onde ele enfatizou a soberania do Canadá, foi vista como uma resposta indireta à proposta, mas não diminuiu a determinação de Trump em avançar com o Golden Dome e incluir o Canadá no projeto.
A iniciativa de Trump, apoiada por aliados como o secretário de Defesa Pete Hegseth, é um exemplo de sua abordagem ousada para modernizar a defesa dos EUA e seus parceiros, priorizando inovação tecnológica e segurança nacional. Apesar das críticas de que o custo do Golden Dome pode ser subestimado e das tensões diplomáticas geradas pela retórica do 51º estado, a proposta reforça o compromisso de Trump com a proteção dos americanos e seus aliados, enquanto promove uma visão de unidade continental que ressoa com aqueles que valorizam a liderança forte e a eficiência estratégica.