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Trump Intensifica Críticas a Putin Após Ataques à Ucrânia: Um Alerta Sobre a Escalada do Conflito

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom contra o presidente russo Vladimir Putin, em meio a uma onda de ataques aéreos russos contra cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev. Em uma postagem em sua plataforma Truth Social, no dia 27 de maio de 2025, Trump declarou: “O que Vladimir Putin não percebe é que, se não fosse por mim, muitas coisas realmente ruins já teriam acontecido com a Rússia, e eu quero dizer REALMENTE RUINS. Ele está brincando com fogo!” As palavras refletem uma crescente frustração do líder americano com a resistência de Moscou em avançar nas negociações de paz para o conflito na Ucrânia, que já dura mais de três anos. A declaração, amplamente noticiada por veículos como The Guardian e Reuters, sinaliza uma mudança no discurso de Trump, que historicamente destacou sua relação amigável com Putin, mas agora expressa indignação diante da violência contra civis.

Os ataques russos, descritos como alguns dos mais intensos desde o início da guerra em 2022, incluíram um bombardeio massivo com 355 drones e nove mísseis de cruzeiro, segundo a Força Aérea Ucraniana, resultando em pelo menos 13 mortes e dezenas de feridos, incluindo crianças. A ofensiva ocorreu logo após uma conversa telefônica de mais de duas horas entre Trump e Putin, em 19 de maio de 2025, na qual o presidente americano acreditava ter obtido um compromisso para iniciar negociações de cessar-fogo. A continuidade dos ataques, no entanto, levou Trump a questionar as intenções de Putin, acusando-o de “ter enlouquecido completamente” e de matar civis “sem motivo algum”. A retórica acalorada, embora vaga sobre as “coisas ruins” mencionadas, sugere que Trump considera medidas mais duras, como sanções econômicas, embora ainda não tenha confirmado ações concretas.

A postura de Trump contrasta com sua abordagem inicial, que enfatizava a diplomacia e sua relação pessoal com Putin como ferramentas para resolver o conflito. Durante a campanha eleitoral de 2024, ele prometeu encerrar a guerra em 24 horas, uma afirmação que mais tarde admitiu ser “um pouco sarcástica”. Apesar de seus esforços, incluindo a pressão por negociações em Istambul e a proposta de um cessar-fogo de 30 dias apoiado por Ucrânia e aliados europeus, a Rússia rejeitou condições como a retirada imediata de tropas e insistiu em demandas como a exclusão da Ucrânia da OTAN. A resposta do Kremlin às críticas de Trump veio por meio de Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, que alertou que a única “coisa realmente ruim” seria uma Terceira Guerra Mundial, sugerindo que as ameaças de Trump poderiam escalar as tensões globais.

Enquanto isso, a Ucrânia enfrenta reveses no campo de batalha, com forças russas capturando quatro vilarejos na região de Sumy, no nordeste do país, segundo o governador local Oleh Hryhorov. A pressão militar russa, combinada com a incerteza sobre o apoio contínuo dos EUA – cujo pacote de assistência militar aprovado na gestão Biden está próximo de se esgotar – coloca Kiev em uma posição vulnerável. Trump, por sua vez, mantém todas as opções em aberto, mas enfrenta críticas de analistas e ex-diplomatas, como William Taylor, que argumentam que sua hesitação em impor sanções ou aumentar o apoio militar à Ucrânia pode beneficiar Moscou. A situação expõe o delicado equilíbrio entre a busca por paz e a necessidade de uma postura firme contra a agressão russa, um desafio que testa os valores de soberania e estabilidade que muitos defendem como fundamentais.

Gustavo De Oliveira

Escritor

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